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A revolução chegou

Mais potentes, mais leves, com visual renovado e muita eletrônica embarcada, nova big trail da Honda finalmente chega trazendo também a versão com câmbio automático de duas velocidades.
Texto: André Ramos Fotos: Divulgação

A Africa Twin acaba de ganhar a sua terceira geração e desta vez, ela passou por um profundo processo de modificações que trouxe, entre outras coisas, um motor maior e a tão esperada versão dotada de câmbio automático de dupla embreagem (DCT). Serão quatro versões que passam a ser comercializadas por aqui: CRF 1100L, CRF 1100L DCT, com tanque de 18,8 litros e CRF 1100L Adventure Sports ES e CRF 11000L Adventure Sports ES DCT, com tanque de 24,8 litros. Vamos conhecer as principais novidades?

O novo motor passou de 998 cm3 para 1.084 cm3, graças ao aumento do curso dos pistões, que passou de 75,1 mm para 81,5 mm – o diâmetro dos cilindros permaneceu inalterado em 92 mm, com taxa de compressão de 10,0:1. As camisas dos cilindros agora são de alumínio e o cabeçote foi completamente revisto, com dutos de aspiração mais retilíneos e eficazes, enquanto que a injeção ganhou novos corpos de aceleração de 46 mm de diâmetro. O mapeamento da ECU foi atualizado e o ângulo dos injetores modificado para oferecer uma atomização da mistura ar-combustível mais direta nas renovadas câmaras de combustão com duas velas por cilindro.

O sistema Unicam SOHC foi revisado. O levantamento das válvulas de aspiração subiu de 8,6 para 9,3 mm, enquanto que nas válvulas de exaustão passou de 9,3 para 10,2 mm. O sistema de escape ganhou uma válvula de controle variável ECV (Electronic Control Valve), semelhante à instalada na CBR 1000RR Fireblade, que melhora a performance e a eficiência do motor; as sondas lambda nos coletores de escape foram substituídas por sensores de fluxo LAF (Linear Air Flow), que permitem uma medição muito mais precisa da mistura ar/combustível.

Com tudo isso, a potência passou de 88,9 cv para 99,3 cv a 7.500 rpm. O torque máximo também subiu de 9,5 para 10,5 kgm.f a 6.000 rpm, enquanto que o peso caiu:

2,5 kg a menos na versão convencional (66,4 kg no total) e 2,2 kg mais leve na versão com DCT (74,9 kg no total).

No frigir dos ovos, as motos estão cerca de 10 kg mais leves em relação às suas antecessoras.

High Tech total

Um dos pontos altos desta nova geração foi a adoção da IMU (Unidade de Medição Inercial) Bosch MM7.10 de seis eixos em conjunto com o acelerador eletrônico TBW (Throttle By Wire).

Estes elementos passaram a permitir o gerenciamento não apenas os sete níveis do sistema de controle de tração (HSTC), mas também a adoção de outros sistemas de assistência à condução como o antiwheelie em três níveis, o Cornering ABS otimizado para curva (com configuração off-road), as cornering lights e o controle de elevação da roda traseira.

Aos modos de pilotagem padrão – URBAN, TOUR e GRAVEL – junta-se agora o modo OFF-ROAD e os USER com dois modos totalmente personalizáveis.

No caso da versão com DCT o Riding Mode Off-conta com a função “G”, já presente na maxiscooter X-ADV, que atua como uma espécie de “freio-motor” para ajudar em descidas na terra.

Além do controle de velocidade de cruzeiro ser de série, os piscas contam com cancelamento automático por um sistema de comparação das diferenças de velocidade entre a roda dianteira e a traseira e em frenagens emergenciais acima de 50 km/h, os piscas são acionados alertando quem vem atrás, sistema conhecido pela sigla ESS (Emergency Stop Signal).

O novo painel em TFT de 6,5 polegadas pode ser personalizado para mostrar diferentes níveis de informação e pode ser operado mesmo com luvas. Ele conta com
conectividade com o Apple CarPlay® e Android Auto® e permite o uso de aplicativos de navegação e exibição de informações diretamente no painel, além da possibilidade de fazer ou receber chamadas telefônicas usando capacetes com fones de ouvido e microfone via Bluetooth. É possível controlar o aparelho através de comandos do punho esquerdo através de conexão wireless bluetooth. Uma porta USB à direita do painel possibilita recargar smartphones.

Ciclística melhorada

O chassi de aço é novo e está 1,8kg mais leve e rígido na zona da coluna de direção e agora conta com subchassi de alumínio (-0,5 kg), mesmo material usado na balança de suspensão traseira. O assento foi redesenhado para facilitar ao piloto apoiar os pés no chão e ampliar a movimentação durante a pilotagem e apresenta duas opções de altura (850 ou 870 mm em relação ao solo e o guidão está 22,5 mm mais alto, para ampliar o conforto e a sensação de controle.

Os faróis são novos e segundo a Honda, com iluminação ampliada e com luzes diurnas de direção com ajuste automático de intensidade. Nas versões top de linha, contam ainda com cornering lights (abaixo do farol). Em todas as versões os protetores de mão são equipamento série.

As suspensões Showa também foram revistas. Na dianteira, há um garfo invertido com curso de 230 mm e diâmetro de 45 mm, regulável tanto na pré-carga da mola como em extensão e compressão. Atrás, o monoamortecedor apresenta curso de 220 mm e reservatório externo, com múltiplas regulagens.

Nas versões CRF 1100L Africa Twin Adventure Sports as suspensões apresentam controle eletrônico Showa EERATM, permitindo ajustes a toques de botão.

O freio dianteiro tem cálipers de freio Nissin de quatro pistões e montagem radial, que atuam em dois discos flutuantes tipo wave de 310 mm de diâmetro. O disco traseiro, também tipo wave, tem 256 mm de diâmetro e cáliper de pistão simples e graças à atuação da nova IMU determinam a exata pressão de frenagem, permitindo seu uso em curvas e evitando o levantamento repentino da roda traseira. O ABS traseiro pode ser desativado para uso off-road.

Preços:

Honda CRF 1100L Africa Twin (preto fosco ou vermelho): R$ 70.490,00
Honda CRF 1100L Africa Twin Adventure Sports ES (branca): R$ 90.490.00

Honda CRF 1100L Africa Twin DCT (vermelho): R$ 76.804,00
Honda CRF 1100L Africa Twin Adventure Sports ES DCT (branca): R$ 96.626,00