Empresa bávara afirma que no lugar destes eventos, vai priorizar experiências online ao vivo e de realidade aumentada.
Não é de hoje que o tradicional formato dos grandes salões mundiais de carros e motos estão sendo questionados, afinal, a falta de oportunidade de experimentar os veículos – demanda que passou a ganhar cada vez mais apelo por parte dos consumidores -, associado aos altos investimentos para se montar estruturas expositoras, passou a levar muita gente da indústria a questionar este tipo de evento.
E com a chegada da pandemia, este movimento ganhou ainda mais força e, associado ao fato de não terem acontecido em 2020, desencadeou o que pode ser o início do fim de uma era.
A primeira a anunciar a debandada foi a BMW Motorrad, que ontem divulgou um comunicado dando adeus aos grandes salões de moto da Europa.
“No futuro, novos formatos ao vivo e digitais ocuparão cada vez mais o lugar das tradicionais apresentações em feiras comerciais da BMW Motorrad. Em particular, isso significa que os compromissos tradicionais nas duas principais mostras de motocicletas, EICMA em Milão e Intermot em Colônia, que eram anteriormente organizadas centralmente pela BMW Motorrad, não serão mais aplicadas”, abre a nota.
Esta nova posição vai privilegiar o uso de tecnologias de streaming e de realidade aumentada para apresentar os novos modelos da marca o que, segundo a empresa, “nos permitirá inspirar ainda mais pessoas em todo o mundo para os produtos e ofertas da BMW Motorrad no futuro e abordá-los de maneira direcionada da maneira ideal”, afirmou o Dr. Markus Schramm, head da BMW Motorrad.
Apesar do abandono dos salões europeus, a BMW Motorrad garante que continuará expondo seus produtos em “mostras regionais selecionadas e estará aberta a novos formatos”, encerra o comunicado, assinado por Tim Diehl-Thiele, Head de Comunicações da BMW Motorrad.