Aos 36 anos, Deni Dalla Costa começou a se envolver com o mundo das duas rodas aos 14, quando começou a pegar escondido as motos dos irmãos mais velhos para ir aos bailes. Eram motos dois tempos, e isso gravou-se em sua memória a ferro quente, deixando marcas afetivas que guiam até hoje sua predileção.
Deni garante: até hoje só teve motos dois tempos. A manha para consertar, aprendeu fuçando nas DTs e observando o marido Robinson Cristian Santos, o “Coruja”, que conheceu há 19 anos, andando de skate. De tão apaixonados pelas 2T, decidiram fazer algo para preservar este legado e assim surgiu em 2012 o movimento “Resistência Dois Tempos Brasil”, que reúne atualmente 84 mil malucos no You Tube e outros 11 mil no Instagram.
Quem olha para as fotos que ilustram este ensaio não imagina que por trás de toda esta produção e da aparente vaidade, há uma mulher que não se importa em sujar as mãos e que não fica com medo de estragar as unhas. Muito pelo contrário: Deni adora mexer em sua motocicleta e garante: manja tudo de mecânica e quando dá alguma treta, é ela quem saca das ferramentas e resolve a parada. “Eu sou muito curiosa!”.
“Qualquer homem adoraria ver sua mulher fazendo as coisas que eu faço (arrumar e fazer a manutenção da sua motocicleta). Posso estar enganada, mas se o cara gostar de moto, ele sonha em ter uma companheira assim”, acredita.
De frágil e menininha, Deni afirma que não tem nada. “Sempre fui meio machão, mas tembém tenho um lado sexy que gosto de revelar nos ensaios, mas quem me conhece sabe: sou brava e marrenta”.
Mãe de três filhos (Lincoln Kawai, de 18 anos, Laura, de 15 e Nolan, de 4), Deni Dalla Costa tem hoje uma Husqvarna 250 1995, batizada de “Quione”, a deusa grega da neve. “Meu sonho era ter uma (importada). Alguém me procurou, me vendeu meio desmontada e em um mês eu já estava rodando com ela”.
“A partir do momento que você interpreta cada som, seja no motor ou na moto em si, ela se torna parte de você, e isso vai além de liberdade; hoje tenho intimidade com ela”
“Nasci no meio das motos, e com 14 anos, por ser o único meio de locomoção, em Juína (MT), eu pegava as motos escondida de meus irmãos e ia para os bailes”
