Perrengues dos mais variados, mudança climática, gripe, falta de dinheiro, e tudo que uma viagem radical pode oferecer. Esse é o mote da reportagem que você vê agora, em Moto Adventure
TEXTO E FOTOS: MATHEUS NUNES DE OLIVEIRA
Os planejamentos duraram cerca de 3 meses, desde o início da ideia até o dia da saída. Não tenho patrocinador financeiro para o projeto. Então decidi vender meus livros para a concretização do meu sonho: viajar de moto para conhecer pessoas, fazer amigos e ajudar famílias em estado de vulnerabilidade social através do projeto Américas 100 Fome. Tive grandes apoiadores que forneceram equipamentos para melhorar o conforto, tal qual a bolha (“para-brisas para moto”), que foi enviada pela Criativa Bolhas E Acessórios. E para levar os livros, o baú gigante produzido pela Arte Fibras de Vila Velha/ES e os suportes produzidos pela Soldatopo – Fladafi, de Mairinque/SP. Assim também vieram os adesivos impressos pela Fábrica de Impressão e a Arte elaborada pelo meu irmão Fabiano Oliveira.
A saída oficial do projeto foi realizado na concessionária MotoForty, do grupo JetBalbek, de Sorocaba e região, e a chegada oficial também será realizada nesta loja. Acompanhe o trajeto para saber quando será concluída a chegada e tomar um café da manhã conosco. Saindo da concessionária, fui para Minas Gerais e, dentro de 3 dias, estava em um dos maiores eventos motociclísticos do mundo: o Brasília Capital Moto Week, que ocorre todos os anos em Brasília/DF, um encontro para quem é apaixonado por motos, em uma enorme família. Neste evento, assim como milhares de outros motociclistas, também dormi em uma barraca. A noite chegou, o calor do planalto central se foi e o frio apareceu.
Virada no clima
Não imaginei que faria tanto frio assim por duas noites seguidas, conclusão: fiquei resfriado, a garganta fechou e não conseguia falar direito, e para piorar, as vendas dos livros não iam tão bem quanto eu esperava. Sai de casa com apenas mil reais, os livros no baú do moto e o desejo de ajudar ao próximo. Mas o desânimo, preocupação e tristeza bateram fortes. Em 7 dias de viagem eu estava muito mal. Passei o dia inteiro na barraca. Foi quando recebi uma mensagem de um motociclista que “conheci” na estrada. Ele chegou perto, estávamos em movimento, ele fez um sinal de positivo e então entreguei meu cartão a ele e disse que estaria indo para Brasília, e o rapaz respondeu que seguia para o mesmo destino, então nos despedimos com buzinadas.
Gustavo estava me convidando para ir a casa dele. Simplesmente foi a minha salvação, ele, como se fosse um grande irmão, me recebeu de portas abertas e, vendo minha situação febril, sugeriu que ficasse mais alguns dias até eu me recuperar. Era o que eu precisava. Até comentei sobre a possibilidade de desistir e voltar para casa, mas ele foi enfático: “Você é forte, vai dar tudo certo!”.
Isso me deu ânimo, pude conhecer um pouco sobre a capital do nosso país, que é linda e bem arquitetada. Também realizei a visita ao Congresso Nacional e tive a oportunidade de conhecer um gabinete, além de ser recebido pelo Senador Álvaro Dias. Seguindo viagem, deixando a capital nacional, fui para a casa de uma menina que foi e voltou de Luziânia/GO (60 km de Brasília) para o Uruguai de carona. Isso me deu mais forças para seguir. Pensei comigo: ainda tenho a reserva inicial e alguns livros.
A ideia de desistir ainda se passava em minha cabeça… Continuei seguindo para o sudeste, entrando em Minas Gerais… Basicamente “o caminho de volta para casa”, sendo o trajeto original de Sorocaba/SP > Brasília> Belo Horizonte > Rio de Janeiro > Vitória… Em seguida, Nordeste e Norte. Com isso, podia desistir a qualquer momento. Saudades da família, orçamento limitado, perda de expectativa e, para completar, a gripe ainda estava comigo. O que você faria? Seguiria em frente ou abandoaria seu sonho para tentar realizá-lo em outro momento?
A minha resposta será dada só no próximo post, mas quero saber de você: qual seria a sua reação?
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