Piloto Franco Morbidelli esteve em São Paulo e concedeu entrevista coletiva. O italiano falou do seu momento atual, bem como dos planos para o futuro

TEXTO: GUILHERME DERRICO

FOTOS: DIEGO ROLIN

FRANCO MORBIDELLI

No dia 11/07, o piloto italiano Franco Morbidelli, de 22 anos, nascido em Roma, e que compete pela equipe Marc VDS Racing Team, na Moto2, categoria aspirante da MotoGP, esteve em São Paulo, mais precisamente no Centro Cultural Rio Verde, em Pinheiros, São Paulo, e concedeu entrevista coletiva. O evento contou também com as presenças de Ignácio Rivera, presidente da Estrella Galicia, empresa que patrocina Morbidelli, e com Alexandre Barros, maior nome da motovelocidade brasileira.

Franco atendeu a todos com simplicidade e carisma. Como sua mãe é brasileira, ele fala bem o português, com um pouco de sotaque, mas nada que atrapalhe a sua comunicação com os residentes daqui. “Tenho uma grande admiração e muitos amigos brasileiros. Gosto de tudo aqui: das pessoas, do jeito que vocês levam a vida. Desde cedo, as cores da bandeira brasileira me chamaram muito a atenção, o que ajudou na minha identificação”, diz Morbidelli.

Início difícil

O começo de carreira de Franco Morbidelli foi bastante árduo. Como vinha de família humilde, o piloto teve que enfrentar diversas barreiras até chegar ao nível que se encontra hoje. “Minha trajetória foi um pouco diferente da dos outros pilotos. Como eu não tinha muito dinheiro, tive que ir participando de campeonatos não muito conhecidos, sem tanto glamour, até finalmente chegar ao momento atual”.

O italiano teve uma ajuda e tanto nas suas primeiras investidas na motovelocidade. Ninguém menos do que Valentino Rossi, ícone mundial do esporte, o ajudou. “Conhecer o Valentino foi muito importante para mim. Eu tinha apenas 13 anos e ele me ajudou muito. Aprendi demais com ele. Estar ao lado de uma pessoa como Rossi é fantástico, pois ele está sempre de alto astral e atrai coisas boas”, conta.

MotoGP à vista

No próximo ano, Morbidelli irá correr na MotoGP, principal categoria da motovelocidade mundial. O piloto afirma que está encarando numa boa essa guinada na carreira. “Nunca pilotei na MotoGP e sei que vai ser bem diferente do que eu tenho feito. Vou esperar 2018 chegar para ver o que acontece. É claro que tenho um pouco de medo de não corresponder às expectativas, mas vou arriscar”.

De acordo com Franco, as mudanças nas motocicletas da MotoGP, principalmente no que diz à parte eletrônica, trará inúmeros benefícios aos pilotos. “A ajuda eletrônica, certamente, vai ajudar muito, porém, isso não forma um campeão. Se o piloto é bom, ele vai deslanchar com ou sem a eletrônica, é uma coisa que vem de dentro”, pontua Morbidelli.

Olho no preparo físico

A preparação física conta muito na trajetória de um piloto, pois as provas são bastante desgastantes e exigem muito dos corredores, tanto física quanto psicologicamente. “Faço academia todos os dias na semana, entretanto, sempre tiro um ou dois dias para treinar com a moto, seja no ambiente off-road ou mesmo em autódromos”.

Questionado sobre suas manias antes das corridas, Morbidelli disse que procura se manter tranquilo antes de acelerar. “Geralmente tomo um café e acompanho a Moto3, pois isso me faz esquecer um pouco da minha responsabilidade. Não costumo deixar que a ansiedade antes das provas me atrapalhe”.