Clássica da segmento touring chega em 2020 com duas versões e preço a partir de R$ 142.012
Durante muitos anos, a Honda GL 1800 Gold Wing foi a única motocicleta equipada com motor de seis cilindros a ser comercializada no Brasil e só recentemente, deixou de ocupar sozinha este posto por causa da chegada da BMW K 1600GT/GTL.
Considerada uma das motos mais reverenciadas da marca, a Gold Wing, como é simplesmente chamada pelos seus admiradores, carrega uma forte conexão com a estrada, afinal, este é o habitat onde ela encontra-se com sua verdadeira vocação.
Depois de alguns anos sem receber alterações, no final de 2018 a marca anunciou a chegada da nova versão da motocicleta, repleta de tecnologia.
Mudanças
Mas talvez a principal novidade foi o fato de a motocicleta ganhar duas versões. A que podemos chamar de “standard” deixou de apresentar o suntuoso sofazão, que durante anos foi um dos traços mais marcantes da motocicleta.
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Mas antes de nos atermos às diferenças entre as versões, vamos falar sobre o que as une: motor e ciclística.
O motor, claro, ganhou um imperceptível aumento na cilindrada (passou de 1.832 cm3 para 1.833 cm3), mas o ganho de performance não foi imperceptível: a potência passou de 118 cv para 126 cv; já o ganho de torque não foi tão expressivo, mas apresentou melhora, passando de 17kgf.m para 17,34 kgf.m.
Por outro lado, a moto deu uma baita emagrecida, deixando para trás quase um saco de cimento: dos 417 kg que pesava, sobraram 369 kg (48 kg a menos).
O ganho de performance se deve a um conjunto de melhorias que começam no novo motor, que deixou de lado o duplo comando e adotou o Uni-CAM, fabricado em uma liga mais resistente de aço. Os engenheiros redesenharam o motor, que ficou 29 mm mais curto e mais leve 36 kg.
Este novo chassi permitiu também reposicionar a posição de pilotagem, que agora ficou mais próxima ao guidão, enquanto que o novo desenho da carenagem ampliou a penetração aerodinâmica, resultando em menos 11% de arrasto. O para-brisa com ajuste elétrico configura a bolha para a posicão mais adequada ao momento da sua viagem a um toque de botão.
O acelerador eletrônico Ride-by-Wire é outra novidade, bem como um novo sistema de admissão e a um novo sistema de escape. Isso também deixou a moto mais econômica, segundo a Honda, em até 20%, o que permitiu com que o tanque fosse reduzido, sem comprometimento de sua autonomia.
O chassi também é completamente novo e é fabricado em alumínio, mesmo material da balança. Mas a grande novidade na ciclística fica por ocnta da suspensão dianteira: sai o garfo telescópico e entra o sistema Double Wishbone, que apresenta maior eficiência e amortecimento e minimiza o mergulho das frenagens.
Devido a seu volumes superlativo, a versão anterior da Gold Wing já possuía a marcha-ré, afinal de contas, deslocar mais de 400 kg na perna não era tarefa fácil. Este recurso se manteve na nova versão, ampliado para o que a Honda chamou de “Walking Mode”, já que ele permite ir para a frente também durante as manobras de estacionamento. A Gold Wing ganhou também o Hill Assist, ou Assistente de Partida em Subida.
Eletrônica é o que não falta nesta motocicleta. Só para você ter uma ideia, apenas na manopla esquerda a moto apresenta 15 (!) botões.
O acelerador eletrônico possibilitou à moto ganhar quatro Modos de Pilotagem:
- Tour: configuração para mais conforto de suspensões, com entrega moderada de potência;
- Sport: suspensões mais rígidas e maior entrega de potência;
- Rain: suspensões macias e entrega suave de potência;
- Econ: suspensões e freios no modo padrão e motor oferecendo a máxima performance energética.
Tudo isso aparece no amplo e sofisticado painel em LED de 7″, que também serve de tela quando o smartphone está emparelhado através do sistema Apple CarPlay (Android Auto já está disponível lá fora)..
Além disso a moto apresenta sensores de presão dos pneus, manoplas aquecidas, controle de som individual para piloto e garupa e smartkey, que dispensa a introdução no miolo para acionamento do motor.
Outros mimos que a motocicleta apresenta são sistema de iluminação full LED, setas com sistema de auto cancelamento e tomadas 12V.
Versões
Como citamos no começo deste artigo, a versão que podemos chamar agora de Standard, não apresenta o baú traseiro; apenas as duas malas laterais, que conferem uma capacidade de carga de até 60 litros.
Já a versão “Tour”, traz o baú traseiro com capacidade para 50 litros, o que permite guardar dois capacetes fechados, além das malas laterais, totalizando 110 litros.
A versão Tour traz também como diferencial o air-bag, que faz dela a única moto no mundo a contar com este recurso.
Os preços? Bem, estes começam em R$ 142.012 para a versão Standard e R$ 162.812 para a Tour.
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