Honda-x-adv-adventure-salão-duas-rodas-adv-150

Inspirado no X-ADV, pequeno scooter de perfil aventureiro apresenta muita tecnologia para conquistar aqueles que buscam por deslocamentos rápidos, confortáveis e cheios de estilo.

Durante a última edição do Salão Duas Rodas, realizada no final do ano passado, a Honda passou o mel na boca de quem curte scooters ao apresentar – ainda que na forma de experimentação – o ADV 150.

Quando olhamos para o ADV 150 é impossível não lembrarmos de seu irmão maior, o X-ADV, já que ambos apresentam diversos pontos de contato: as linhas da carenagem, o desenho dos faróis (com luz de posição diurna) e da lanterna traseira em LED, o esquema de cores (este, derivado da big trail CRF 1000L Africa Twin), o mesmo tipo de guidão e até mesmo o painel, que embora seja mais simples, apresenta o mesmo conceito e a mesma forma de ser fixado.

Seu design transmite agressividade e a sensação de estarmos diante de um scooter com vocação para o on/off-road acentua-se em função dos pneus de uso misto e dos amortecedores traseiros Showa com reservatório de gás. Embora nem mesmo a Honda Filipinas (um dos locais onde o scooter é vendido) não informe detalhes sobre o curso das suspensões, certamente estas devem ser mais longas em relação ao nosso conhecido PCX 150, de quem herda o conjunto motriz, uma vez que a altura em relação ao solo e a altura do assento são maiores quando comparadas com este: são 138 mm e 761 mm no PCX, contra 165 mm e 795 mm no ADV 150, o que certamente fará dele, o scooter mais alto de sua categoria no Brasil.

Mesmo esta maior altura em relação ao solo não capacita o ADV 150 a incursões mais radicais na terra, sob pena de você perder o escudo inferior no primeiro obstáculo mais casca grossa pelo qual passar, mas uma estradinha de terra vai ser encarada com mais desenvoltura, além de conferir mais conforto aos deslocamentos urbanos, uma vez que conhecemos a qualidade do asfalto brasileiro.

No ADV 150, as rodas têm tamanhos diferentes: 14”na frente, calçada com pneu 110/80 e 13 atrás, com pneu 130/70, enquanto que no PCX 150 ambas são aro 14”, equipadas com pneus 90/90-14 na dianteira e 100-90-14 atrás.

Os freios ganharam um reforço no ADV 150, já que o disco dianteiro mede 240 mm, contra 220 mm no PCX 150, lembrando que o ABS está presente apenas na roda dianteira, assim como no PCX ABS. Atrás, o disco mede 220 mm.

Um dos itens mais importantes em um scooter é o espaço sob o assento e neste sentido, o ADV 150 fica devendo, já que acomoda apenas um capacete aberto em sua área maior, além de contar com um espaço extra para outros pequenos objetos. No PCX 150 o espaço é maior: são 28 litros, que permitem acomoar um capacete fechado e mais outros objetos.

Segundo informação retirada do site da Honda nas Filipinas, o ADV 150 pesa 126 kg a seco, o mesmo peso do PCX 150, enquanto que o tanque apresenta a mesma capacidade volumétrica do scooter brasileiro: 8 litros.

Mecânica e gadgets

O conjunto mecânico do ADV 150 é o mesmo do PCX 150, presente no mercado brasileiro desde 2014. Motor monocilíndrico SOHC arrefecido a líquido e alimentado por injeção eletrônica PGM-FI, de 149 cm3 de cilindrada, que desenvolve 14,5 cv a 8.500 rpm e torque de 1,41 kgf.m a 6.500 rpm. Este trabalha em conjunto com um sistema de transmissão automática CVT, que utiliza correia e apresenta o sistema ESP (Enhanced Smart Power), o qual otimiza o funcionamento do conjunto.

Assim como o PCX 150, o ADV 150 conta com sistema ISS (Idling Start-Stop), o qual desliga o motor a combustão em paradas superiores a 3 segundos.

Para contribuir ainda mais com o conforto, o ADV 150 apresenta para-brisa regulável, tomada 12V no compartimento esquerdo atrás do escudo e sistema smart key, que dispensa a sua colocação no miolo para que o scooter ligue a parte elétrica.

Nas Filipinas, o ADV 150 tem preço sugerido de 149.000 dinheiros locais (pesos filipinos), o que resulta em R$ 15.285,41 ao câmbio de 31/3/2020, valor pouco acima do PCX 150 DLX ABS, que custa R$ 13.590, mais frete.

Nós acreditávamos que o ADV 150 seria apresentado no Brasil ainda neste primeiro semestre, mas agora, certamente isso será assunto apenas para o segundo semestre.