No final da década de 90, um grupo demotociclistas costumava se reunir no estacionamento do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, para se confraternizar e celebrar a amizade. Foi então que, em um certo dia, alguém sugeriu que era hora daquele grupo consolidar os laços que os uniam e foi assim que em 2000,14 daqueles amigos fundaram o Pegasus Moto Clube.
A ideia do nome e da utilização do cavalo alado da lenda mitológica grega foi uma alusão à liberdade que ele e a motocicleta representam. No brasão do MC ele ocupa destaque e sobrepõem-se a um fundo azul, representando um céu estrelado, composto por 15 estrelas: cada uma representa um de deus fundados e a 15a representa o anjo de guarda que zela pelos seus integrantes.
“No patch dos fundadores há ainda uma coroa, uma distinção que somente os pioneiros de nosso moto clube carregam”, explica Renato Budacs, o “Cabelo”, diretor social da entidade.
Para fazer parte do Moto Clube, os interessados precisam ser apresentados por um padrinho que já faça parte do mesmo. Assim que isso acontece, o candidato preenche uma ficha e fornece cópia de alguns de seus documentos pessoais para que estes sejam anexados ao seu perfil. Feito o pagamento da primeira mensalidade, o candidato a novo integrante deve passar a participar das viagens promovidas pelo Moto Clube e após um determinado número de experiências – e sendo aceito – ele recebe o ½ patch; só depois de algum tempo de casa é que poderá vir a receber a outra metade do brasão.
Budacs afirma que no Pegasus, mulheres são sempre muito bem-vindas, sejam na garupa, sejam pilotando. “Ressalto que todas que fazem parte do Pegasus cumpriram com todas as etapas de nosso processo, assim como qualquer homem”, acrescenta.
Antes da pandemia chegar ao país, os membros do Moto Clube reuniam-se toda sexta-feira na sede da entidade, localizada em Higienópolis, bairro central da capital paulista. No local também são realizadas festas e eventos, entre estes, jantares dos quais participavam também membros de outros Moto Clubes. “Essa participação se torna uma grande reunião entre amigos, com muito bate papo e muita diversão”, destaca Renato Budacs.
Mas o Pegasus também realiza eventos de maior porte, como o que aconteceu no Memorial da América Latina. Para este ano estava programado outro, no Ski Mountain Park, em São Roque, entretanto, devido à pandemia, foi cancelado.
Passeios bate-volta (de até 300 km) também eram realizados todos os finais de semana pelos seus membros; já passeios bate-e-fica acontecem de 3 a 4 vezes ao ano, estes, para cidades mais distantes e até para outros estados.
Com 60 integrantes ativos, o Pegasus Moto Clube também usa de sua força coletiva para realizar ações filantrópicas. Uma das causas abraçadas pelo grupo é a que contribui com itens de alimentação para o NAB, uma instituição da Vila Brasilândia que atende crianças com paralisia cerebral, sendo que no Natal, é feita uma grande festa para elas, quando o Papai Noel chegando de moto faz muito sucesso.
Outra entidade assistida pelos membros do Pegasus é o Centro de Convivência Gênesis, que atende crianças carentes da região do Jaraguá. Ao longo do ano a entidade recebe alimentos e na Páscoa, o coelhinho passa por lá, sempre em duas rodas!