Artigo aborda algumas dicas para motociclistas que gostam de pegar a estrada sem nenhuma companhia

POR RODRIGO FERNANDES

FOTOS: VINÍCIUS ANDRADE

Somente eu na moto, ouvindo apenas o som do vento passando pelo meu capacete enquanto desfruto dessa paisagem incrível. Piloto sozinho, apreciando a imensidão. Não existe momento melhor para pensar na vida. Crec, crec, crec… Nossa, estourou alguma coisa na moto, e agora?

Por vários motivos que não vêm ao caso, muitos motociclistas optam por fazer longas viagens sem nenhum tipo de companhia, seja com garupa ou outra moto. Porém, algumas vezes passamos por algumas enrascadas com nossa amiga de duas rodas, como, por exemplo, um pneu furado, um freio que apresentou problemas na bengala ou até outras situações mais graves, como pane total.

E o que fazer nessas situações estando sozinho, numa rota deserta, sem ter como pedir ajuda pelo celular? Bom, primeiramente você já deveria ter feito antes! Quando traçar uma rota de viagem, planeje os dias e compartilhe o roteiro por meio de aplicativos com amigos e com grupos dos locais onde vai visitar (claro, quando for possível). Por exemplo, antes de sair do hotel o qual você está hospedado, poste na sua própria rede social ou coloque em algum grupo: “Hoje, 23/05, às 7h30, saindo do Hotel 01 na cidade Y, com destino à cidade X. Quilômetros a percorrer: 700. Horário estimado de chegada: 17h.”

Assim, se algo acontecer nesse meio tempo, desde um problema mecânico até algo pior, alguém saberá seu roteiro exato naquele dia e será mais fácil fazer uma procura, se necessário. Mas, a moto quebrou e você está realmente no meio do nada e precisa resolver. O ideal é que você conheça um pouco da sua motocicleta, dos barulhos normais que ela tem, das peculiaridades e, se possível, o mínimo sobre mecânica. Dessa maneira, é possível tentar resolver o imprevisto para seguir viagem. Porém, se não houver essa possibilidade, o melhor é tirar a moto da estrada, procurar um local no qual consiga escondê-la e voltar para procurar ajuda.

E, acredite, nesses casos, encontrar um motociclista é a melhor alternativa, pois ele vai se solidarizar com a sua situação. Peça para ir até a cidade mais próxima buscar socorro, verifique se ele tem sinal, se de repente consegue ajudar no conserto ou rebocar você até um ponto habitado. Mantenha sempre a calma, não se desespere, pois algum jeito será dado.

Se não for possível consertar, o ideal é mandar a moto de volta para casa. Aí começa um novo problema, pois muitos iniciam uma viagem sem antes consultar nada (às vezes nem o próprio seguro e o que ele realmente cobre). Então, verifique tudo, veja se o seu seguro cobre os locais a serem visitados, saiba quais são as cidades com maior infraestrutura ao longo de todo seu roteiro e fique sempre com o contato de alguém que transporte moto, caso necessite.

Mesmo que você se considere um “bicho solto” da estrada, informe as pessoas para onde está indo e de onde está vindo. Isso pode fazer a diferença!