Cidade em Utah, nos Estados Unidos, oferece cerca de 150 estabelecimentos gastronômicos e bares, que servem dos clássicos steaks e burgers à autêntica comida de montanha

Texto: Redação
Fotos: Divulgação

Park City

Consagrado dentro e fora dos Estados Unidos como destino de inverno, Park City, no Estado de Utah, também é uma opção nos meses mais quentes do ano, especialmente entre junho e setembro, quando os visitantes trocam os pares de esqui e as pranchas de snowboard por bicicletas e botas de trekking (são mais de 600 quilômetros de trilhas) e equipamentos para prática de esportes aquáticos, como stand-up paddle, vela, wakeboard e esqui aquático, além de fly-fishing e pesca de trutas, já que a região foi privilegiada com 90 lagos. Também não faltam atividades no Parque Olímpico construído para os Jogos de Inverno de 2002. As atrações são tão diferenciadas quanto a oferta gastronômica, que possui cerca de 150 restaurantes e bares, vários deles premiados, que refletem diversos estilos e influências culinárias – e garantem que não faltará combustível a quem precisa de energia para aproveitar tudo que a cidade apresenta.

Assim, é possível encontrar dos clássicos burgers e steaks norte-americanos à autêntica comida de montanha, passando pelas gastronomias mexicana, italiana e japonesa, entre outras. Embora a maioria dos estabelecimentos esteja concentrada na histórica Main Street, principal rua de Park City, também há restaurantes esparramados por outros pontos, acessados por uma rápida viagem no sistema de transporte gratuito.

É na Main Street, por exemplo, que fica o famoso Chimayo, que apresenta influências mexicanas no cardápio e oferece drinques caprichados, como a Chimayo Margarita, cartão de visita da casa. Entre os pratos, um dos favoritos é a costela assada com pimenta chipotle e abacaxi caramelizado, servida com batatas e anéis de cebola que, antes de serem empanados, receberam um banho de cerveja.

Outra opção fantástica na Main Street é o Riverhorse on Main, que tem distinção máxima em diversos guias de gastronomia. Difícil é escolher entre os suculentos steaks, frutos do mar, peixes, cordeiros e carnes de caça. Tudo acompanhado de legumes frescos e orgânicos, produzidos em fazendas da região. Nessa linha mais sofisticada, também é imperdível o J&G Grill, no elegante hotel St. Regis Deer Valley, que tem a chancela do superchef Jean-Georges Vongerichten. Num ambiente lindo e bem contemporâneo, com lareira, cozinha aberta e, de quebra, com uma vista deslumbrante das montanhas, o menu traz uma seleção dos melhores pratos que brilham nos restaurantes de Vongerichten ao redor do mundo. A adega da casa é outro destaque: ela guarda o maior acervo de vinhos de Utah, com cerca de 1.100 rótulos e 10 mil garrafas.

Descontração

Para algo mais descontraído – e bem mais econômico –, a dica é a High West Distillery & Saloon, famosa pela produção de uísques e vodca. Além do tour guiado que conta um pouco da história do lugar, o estabelecimento oferece um menu-degustação, composto por pratos locais harmonizados com diferentes bourbons. A cerveja artesanal também pode fazer parte do roteiro etílico-gastronômico e, nesse caso, o pit stop é na Wasatch Brew Pub, que fabrica os tipos lager e ale da bebida, e também chope, que vai muito bem com o fish and chips (peixe e batatas fritos), o mac and cheese (macarrão com molho de queijo) e os hambúrgueres servidos ali.

Ainda nessa atmosfera informal, a preferência de moradores e turistas é o bar No Name Saloon and Grill, cujo clima é bem divertido, assim como seu slogan: “Ajudando as pessoas a esquecerem seus nomes desde 1903”. E, como se está num destino de montanha, o visitante não pode deixar de saborear fondues e outras delícias do gênero, mesmo que a temperatura não esteja pedindo uma comida tão quente. Nessa categoria, o utrapremiado Goldener Hirsch Restaurant é certamente uma opção e tanto. Entre suas especialidades estão os frios e embutidos de fabricação própria e, claro, o fondue, preparada com quatro tipos de queijo. Também agradam o paladar dos comensais o Wiener schnitzel (bife suíno à milanesa) e, de sobremesa, a apfelstrudel, torta folhada de maçã.

Já no restaurante The Viking Yurt, que oferece um jantar nórdico que dura quatro horas e é oferecido a apenas 40 pessoas por noite, a experiência começa com a própria ida ao estabelecimento, já que os convidados são levados, montanha acima, de trenó. Para aquecer o corpo depois da viagem, os participantes recebem, ao chegar, um copo de glogg, bebida quente e não alcoólica que leva cardamomo, noz-moscada e canela. E então vem a sopa de lagosta e camarões, a salada, o “intermettzo” e assim por diante. São seis pratos degustados num ambiente acolhedor, que fica ainda mais especial com a música executada por um pianista.

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