O jovem Heslam, de 26 anos, apaixonado por motos e viagens resolveu realizar um sonho antigo: conhecer a Serra da Canastra. Acompanhe o relato do aventureiro

TEXTO: GUILHERME DERRICO E HESLAM CAMPOS DA SILVA

FOTOS: HESLAM CAMPOS DA SILVA

Já ouvi falar por muitas vezes sobre a tão famosa “Serra da Canastra”, localizada em Minas Gerais (MG). Em plena quinta-feira ganhei uma folga no emprego, e como meu local de trabalho é longe de casa, tive que fazer uma pequena viagem até o meu lar doce lar, para depois seguir com destino a Serra da Canastra.

Isso foi numa sexta-feira, pois eu teria que retornar no sábado, já que iria trabalhar em pleno domingão. Pensei: “Será que dá tempo? Vai ser praticamente só um dia para curtir a serra”. Deixando as dúvidas e medos de lado, tomei a decisão: vou partir, a hora é agora! Saí de casa por volta de meio-dia e cheguei a são João Batista da Glória, por volta das 4 da manhã. Entrei no parque e, logo de cara, peguei uma baita chuva.

A MOTO

A minha companheira de viagem, uma Honda XRE 300, se comportava bem durante o percurso. A Serra da Canastra é um lugar lindo! As montanhas, serras e outras belezas naturais pareciam me hipnotizar. Era como se elas tivessem vida e/ou vontade própria. No meio do caminho encontrei um casal que também pilotava uma XRE, isso já em Araras (SP). Parei para ajudá-los, pois a lama travou a roda dianteira da moto deles.

Havia uma chave reserva na minha motocicleta, então tirei o para-lama da máquina, até levei uma queda de leve durante essa boa ação, e comecei a rir sozinho. Após ajudar os amigos viajantes, segui rumo a tão falada “Pousada da Vanda”. Armei a barraca e tentei dormi por ali mesmo. Acordei de madrugada com frio, o vento forte parecia que a iria fazer a barraca decolar, mas a armação suportou tudo.

DE VOLTA AO ROTEIRO

Logo pela manhã, continuei a jornada rumo à cachoeira Casca D’anta, uma parte muito baixa, porém, um lugar lindíssimo. Continuei a saga para conhecer a parte alta e, para isso, foi necessário ir até São Roque (MG) para entrar no parque. Por lá, é preciso passar pela nascente do Rio São Francisco para alcançar esse trecho, considerado o mais alto do caminho.

Minha intenção era cruzar o parque inteiro, entretanto, não foi possível, pois eu teria que retornar à minha casa nesse mesmo dia. Assim, terminou minha experiência com a Serra da Canastra. Após rodar por quase 600 quilômetros, posso afirmar: o lugar é incrível, com belezas únicas, boas estradas para praticar a pilotagem, comida boa, pessoas humildes e prontas para ajudar em qualquer situação, uma verdadeira riqueza nacional. Pretendo voltar em breve e descobrir mais alguns “tesouros” escondidos pela região.

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