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Como a empresa japonesa, que chegou por aqui como um escritório de importação, tornou-se a segunda maior fábrica de motos do país.

Texto: André Ramos (*)

A história da Yamaha no Brasil começou a ser escrita no dia 10 de novembro de 1970, somente 16 anos após o nascimento da primeira motocicleta da marca, a Akatombo, ou “Libélula Vermelha”, quando a marca japonesa instalou um escritório voltado a importar alguns modelos para o nosso país, localizado na Rua General Osório 604. Este local, no coração de São Paulo, é considerado até hoje o principal centro motociclístico do país.

Entre as primeiras motocicletas comercializadas, estavam três modelos com motor 2 tempos: a FT50 Mini Enduro, a FS1 50 de 5 marchas e a R5 de 350cc e dois cilindros, além da linha XS, equipada com motores quatro tempos de dois cilindros de 500cc, 650cc e 750cc.

Em 1974 a empresa inaugurava em 10 de outubro sua fábrica em Guarulhos (SP), a primeira planta da Yamaha fora do Japão e naquele mesmo ano, lançava a primeira motocicleta fabricada no Brasil, a RD 50, carinhosamente chamada na época, e até hoje, de “Cinquentinha”.

Em 1976 veio a RD 75 e, em 1977, a RS 125, montada com parte dos componentes produzidos por fornecedores nacionais.

Em 1982 chegaria a lendária DT 180, modelo que se tornou popular nos anos 1980 e 1990 por ser o mais popular entre os praticantes de off-road, vencendo em seu ano de estreia o Enduro da Independência.

Uma nova era

Em 25 de outubro de 1985, a Yamaha inaugurava sua fábrica de Manaus (AM). O novo parque fabril não só era maior, como mais bem equipado e com maior capacidade produtiva, tudo que a marca precisava para lançar no país seus modelos mundiais que fizeram história no Brasil.

A prova disso veio em 1986, com a apresentação da RD 350 LC, modelo que se tornaria uma verdadeira lenda do motociclismo nacional e mundial, que era fabricada em Manaus e exportada para Europa e Japão. A Copa RD 350 deu ao motociclismo de velocidade uma visibilidade jamais vista, popularizando a modalidade e alcançando recordes, como o de alinhar 74 motos no grid em Interlagos, São Paulo.

A XT 600 Z Ténéré chegou em 1988 com status de ser a primeira big trail do Brasil e o respeito de ser derivada da motocicleta vencedora do maior rally do planeta, o então Rally Paris-Dakar.

Nova Era

Em 2000, a Yamaha abandona os motores dois tempos e inicia a era dos 4 tempos. A produção da YBR-125 foi um divisor de águas na história da empresa e o modelo logo ganhou grande destaque no mercado, se tornando a motocicleta mais vendida da Yamaha.

2002 foi marcado na história da empresa pela chegada da YZF-R1, que rapidamente se tornou uma das motos mais desejadas do país.

Em 2004, Além do nascimento da Yamaha Motor Componentes da Amazônia, houve o início da produção dos modelos TT-R 125 e TT-R 230 para exportação.

A chegada da injeção

2005 foi lançada a XT 660 R, a primeira motocicleta da nova geração com injeção eletrônica e catalizador produzida somente pela Yamaha do Brasil e pela Yamaha Francesa. Neste mesmo ano, surgiu a YS 250 Fazer, a primeira 250cc com injeção eletrônica do Brasil!

Em 2006 teve início a produção da XTZ 250 Lander, que chegaria ao mercado no ano seguinte. Também em 2006, Guarulhos deixa de ser uma fábrica para tornar-se sede administrativa da empresa.

Em 2008 a Yamaha alcançou a marca de 300 mil motos produzidas no Brasil.

Um novo clássico da Yamaha surgiria em 2010, a XTZ 250 Ténéré, que utilizava a base mecânica da Lander, porém, acrescida de carenagem com para-brisa, farol duplo, tanque de 16 litros (contra 11 da Lander) e um confortável banco em dois níveis.

Em 2012 é lançada a Fazer 250 BlueFlex, a primeira street 250cc bicombustível do mundo. Nesse mesmo ano, outro mito era lançado, a XTZ 1200 Super Ténéré.

No início de 2013, Valentino Rossi vem ao Brasil pela primeira vez para apresentar a segunda geração da Factor. Pouco tempo depois foi a vez da marca anunciar a nova YS150 Fazer, modelo desenvolvido exclusivamente para o Brasil.

Em 2014 chega a XTZ Crosser 150 e em seguida, MT-09, que ganhou a companhia da MT-07 no ano seguinte (mesmo ano em que é lançada a YZF-R3), e da MT-03 em 2016, modelo que é líder de sua categoria até hoje. 

2017 surge a Yamaha R3 Cup, categoria que ajudou a destacar e formar jovens talentos e que cluminou com os pilotos Ton Kawakami, Meikon Kawakami e Felipe Macam no Mundial de SuperSport 300. Outra iniciativa deste ano foi o Tour da Crosser.

Em 2018 chegava ao Brasil o bLU cRU, programa cujo objetivo é fomentar, através de premiações em dinheiro e muitas outras vantagens, a utilização de motocicletas Yamaha em competições. Outro grande destaque ocorrido neste ano foi o lançamento da nova geração da Fazer 250.

No Salão Duas Rodas de 2019 a Yamaha apresentou a XMax 250 ABS, além de modelos conceituais baseados nos heróis da Marvel, fruto de uma parceria com o estúdio. Neste mesmo ano, a Yamaha e o piloto Rafael Paschoalin entrariam para a história ao vencerem, com uma MT-07 fabricada no Brasil, a categoria middlewheight de Pikes Peak.

Apesar das dificuldades e restrições impostas pela pandemia do Covid-19, a empresa seguiu em 2020 com o que havia planejado, apresentando as primeiras Edições Especiais da parceria com a Marvel, com a Lander Capitão América, a Fazer Capitã Marvel e a Fazer Pantera Negra. Além disso, apresentou outra inédita parceria, dessa vez com a Star Wars, que resultou na NMax em duas versões: Aliança Rebelde e Império Galáctico.

(*) Com informações da assessoria de imprensa da Yamaha Brasil