Colunista de Moto Adventure faz uma reflexão sobre os direitos e deveres dos motociclistas e pedestres

Texto e fotos: Oswaldo Fernandes

Artigo

Estamos realmente vivendo no tempo da revolução tecnológica. O progresso, a tecnologia, o crescimento demográfico, tudo está mudando. Nas grandes cidades mundiais, nas grandes concentrações populacionais, sobrevivemos neste mundo do caos populacional. A população aumenta, falta água, falta infraestrutura, faltam ruas, faltam estradas, faltam locais para estacionar veículos, enfim, falta espaço. Excesso de carros, caminhões, ônibus, bicicletas e até pedestres. Os combustíveis estão caros, poluem o meio ambiente e são manipulados por grandes cartéis econômicos. A política de transporte urbana é de pequena eficiência, falta ônibus, metrô, transportes coletivos de massa, falta respeito e saúde para a população.

Nos dias atuais, estamos revolucionando o tempo e o espaço, literalmente. Hoje, mudamos conceitos, estamos revolucionando a física, medimos distâncias pelo tempo não pelo hodômetro, ou seja, medimos destinos em horas. Para percorrer as marginais de São Paulo, dependendo do dia e horário, podemos demorar de 20 minutos a 5 horas de “distância”. A grande maioria dos automóveis percorre as ruas com apenas uma ou duas pessoas em seu interior, desta forma, aumentamos significativamente a quantidade de veículos, prejudicando o número de pessoas transportadas.

Convivemos com uma baixa eficiência de transporte urbano. O trânsito implica nas condições de “ir” e “vir” das pessoas, aumentando tempo de deslocamento e, consequentemente, menor eficiência de trabalhos, redução da qualidade de vida, maior insegurança, aumento do stress e acidentes. Sem dúvida uma das soluções são os veículos de duas rodas.

As motocicletas ocupam menores espaços, facilitam o deslocamento, possibilita menor consumo de combustível, sem dúvida, uma alternativa que poderia estar melhor adequada ao uso, unindo mobilidade, trabalho e lazer. Todo o conceito de deslocamento urbano poderia ser revisto para o uso seguro da moto. Conceitos de educação do trânsito, regulamentação, qualificação de motociclistas, custo de propriedade, segurança, respeito e cidadania, devem ser revistos e adequados.

Devido à condição de equilíbrio dinâmico das motocicletas, os condutores devem ter melhor técnica, conhecimento, controle emocional, racional e físico. Atenção, prevenção e boas práticas são fundamentais para sobrevivência. Os equipamentos e acessórios de segurança dos motociclistas estão vinculados as suas proteções, portanto, são fundamentais, independente se for para uma longa viagem, ao trabalho ou uma simples voltinha.

Devemos ter a conscientização de todos motoristas, motociclistas, pedestres e usuários de vias em geral, do respeito, direitos, deveres e valorização da vida. Além dos benefícios de mobilidade, com certeza, teríamos pessoas muito mais felizes em seus percursos, afinal, pilotar a motocicleta é muito além de se transportar, é poder ver a vida ao seu redor, é poder participar da paisagem e sentir o mundo em que vivemos.

É isto aí, nos encontramos pelas estradas, e aquele moto-abraço!

OZZY!

VEJA TAMBÉM: Short Circuit – Kawasaki Ninja 1000 Tourer: Ninja aventureira.