Testamos o Can-Am Maverick Trial DPS, um veículo “menorzinho” só no tamanho…

TEXTO E FOTOS: TRINITY RONZELLA

Lançado em 2018, o Side by Side Vehicle (SSV) Can-Am Maverick Trail chegou às nossas mãos e nos apressamos a conhecer melhor esse “brinquedinho” de gente grande. As maiores sacadas do Trail são justamente suas medidas e o conforto que o modelo proporciona. Mais estreito e mais curto que os SSV convencionais, este permite explorar lugares que pelos quais seus “irmãos maiores” não conseguem passar.

Com visual esportivo (algo característico da marca), o veículo atrai olhares curiosos por onde passa. As pessoas não resistem a se aproximar e fazer uma série de perguntas: “Qual a cilindrada”? “Quanto custa”? “É importado”? “Anda bem”? Rodamos aproximadamente 150 km com a máquina, enfrentando muitas estradas vicinais, trilhas, lama, subidas e descidas. Ou seja: fizemos de tudo um pouco!

O modelo anda bem, tem força e é confortável e seguro dentro dos limites. Conta com boa autonomia e possui muitas opções de acessórios – ou seja, dá para deixá-lo personalizado de acordo com o tipo de aventura. Valorizando o conforto e a tecnologia, vem com direção dinâmica assistida (DPS) que ajuda na estabilidade em trilhas mais estreitas e em trechos com mais obstáculos naturais (rochas, por exemplo). Tem controle eletrônico de descida, cabine Ergo-Lok com espaço suficiente para ombros e pernas, assentos Ergoprint e coluna de direção ajustável. Tudo isso foi pensado para que o piloto passe horas se divertindo – e foi exatamente o que fizemos!

EM MOVIMENTO

O que move este carro de 603,7kg de peso seco é um motor Rotax V-Twin 799cc de 51 HP com refrigeração líquida, que dá conta do recado tranquilamente e com muita esportividade. O conjunto se completa com a suspensão com braço duplo, com barra estabilizadora e curso de 25,4 cm na frente e 26,7cm na traseira (ambas com amortecedores a gás de cilindro duplo). Outra conveniência é a possibilidade de usar a tração 4×2 ou 4×4 apenas com um toque no botão ao lado direito do painel, com diferencial dianteiro autoblocante Visco-Lok QE e traseiro blocante.

Os freios a disco duplos de 220mm com pinças hidráulicas de pistão duplo são os responsáveis por diminuir a emoção durante a aventura – e são bem eficientes! A transmissão CVT QRS-T facilita um pouco a vida do piloto, despejando o torque de acordo com a necessidade do momento. O câmbio conta com posição de estacionamento, neutro, ré, drive, reduzida e normal.

BOA AUTONOMIA

Tivemos a oportunidade de testar o sistema de iluminação em LED, pois, com 38 litros no tanque, não nos preocupamos com horário. Exceto pelo frio, não tivemos nenhuma dificuldade em pilotar dependendo do conjunto ótico do Trail, que ilumina muito bem e oferece um amplo campo visual (aliás, confesso que achei bem divertido fazer um passeio à noite). O painel é completo, também, mostrando todas as informações necessárias. Além disso, no console central, há uma saída DC de 20-A (hoje, fundamental para carregar aparelhos eletrônicos).

O Maverick Trial foi uma grata surpresa. Apesar de seu tamanho reduzido em relação a outros UTVs, o modelo proporciona o mesmo divertimento, com a vantagem de ser mais fácil de transportar e entrar em trilhas que os “grandões” não encaram. Desse modo, ampliam-se as possibilidades de roteiros a explorar (sozinho ou com mais um passageiro).    Agradecimentos especiais a Érico Bizzo, da concessionária Villa Motorsports (Campinas), que nos emprestou o veículo para a realização deste artigo.

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