Nascido a partir da ideia de oferecer espaço e acolhimento às mulheres no BMS Motorcycle de 2018, movimento rapidamente passou a ganhar a adesão feminina graças a sua proposta de empoderar, unir e apoiar a mulher motociclista.
Não restam dúvidas de que o motociclismo feminino é um fenômeno que despertou no Brasil e em outras partes do mundo. Eventos e movimentos têm surgido para empoderar e incentivar a mulherada a colocar a moto na rua e na estrada para mostrarem o seu valor e a força de sua representatividade junto ao mundo das duas rodas.
Um destes movimentos que tem se destacado e conquistado cada vez mais adeptas é o #elaspilotam. Criado pela curitibana Bruna Wladyka em 2018, ele nasceu a partir da ideia delade criar um espaço dedicado às mulheres dentro do evento BMSMotorcycle, um dos maiores encontros de duas rodas do Brasil e que acontece na capital paranaense desde 2013.
Baseado no conceito do uso das hashtags para marcação de fotos postadas em redes sociais, a iniciativa decolou rapidamente e em dois meses havia quase 5 mil fotos marcadas com a #elaspilotam. Foi só então que Bruna Wladyka decidiu criar um perfil no Instagram com o nome do movimento.
“Sempre defendi que todas as mulheres eram bem-vindas, fossem pilotando, fossem na garupa, mas que curtissem este lifestyle. Quando passamos para a internet, a força disso foi muito maior do que eu imaginava”, analisa Bruna, que acrescenta: “as mulheres que se sentem inspiradas pelo nosso estilo de vida passaram a comprar suas motos, tiraram suas CNHs e muitas passaram a fazer parte do movimento por se sentirem empoderadas, e hoje temos adeptas do Brasil todo fazendo parte do movimento”, comemora.
Primeiros encontros
Um movimento que cresceu tão rapidamente não seria de estranhar que os primeiros encontros passassem a acontecer. Os primeiros regionais aconteceram no começo de 2019, mas logo um calendário de atividades mensais para Curitiba (PR) foi definido. Depois vieram encontros em São Paulo, realizado durante o Rodeio Motorcycle (Sorocaba), em Porto Alegre (RS) e mais recentemente, em Londrina (PR). Além destes encontros, o #elaspilotam também procura desenvolver ações em datas simbólicas, como o Outubro Rosa e o mês de março, tradicionalmente, dedicado às mulheres (dia 8 celebra-se o Dia Internacional da Mulher). Novos encontros também já estão sendo planejados para Minas Gerais e para alguns estados do Nordeste, regiões onde o movimento vem observando um rápido crescimento.
Bruna Wladyka destaca que o #elaspilotam não é um grupo ou mesmo um moto clube fechado, do qual, para participar, é preciso filiar-se. Muito pelo contrário.
“O movimento é de todas as mulheres que se sintam à vontade e queiram lutar comigo. Você já faz parte só pelo fato de querer entrar no mundo duas rodas”, salienta.
“Usar a hashtag, marcar a página @elaspilotam e usar um dos nossos produtos são maneiras das mulheres se engajarem no movimento, pois dessa maneira, estamos espalhando algo nas ruas que é importante para nós”, reforça.
Apesar da liberdade para que qualquer uma utilize a hashtag, Bruna Wladyka faz questão de esclarecer que o movimento tem uma direção e que há uma preocupação quanto à sua marca e a imagem desta.