Colocamos a Honda CB 1000R à prova em um teste de uma semana, rodando mais de 500 km com a máquina

POR: JAN TERWAK

FOTOS: CARLA GOMES E EDGAR KLEIN

Recentemente lançada no mercado brasileiro, a CB 1000R NSC aposentou a antiga CB 1000R. O novo modelo causou muita repercussão, por se tratar de um design ousado e que fez uma antiga conhecida dos motociclistas sair de cena. A nova CB 1000R foi batizada com três letras a mais, NSC, que significa “Neo Sports Café”. É uma moto completamente nova em termos de design, não se parece com nada que exista no mercado, um projeto inédito, completamente fora dos padrões.

Difícil encontrar alguém que fique indiferente à nova CB 1000R NSC. As pessoas sempre se posicionam comentando sobre o visual dela, geralmente aprovando o modelo. Mas, que conceito é esse? A Honda explica que é uma mistura de dois mundos: o moderno e o retrô. A moto traz elementos modernos, em conjunto com muita eletrônica, o que ajuda na condução, mas não deixa de lado o visual retrô, inspirado em motocicletas mais antigas.

DIFERENCIAIS

O motor é derivado da Fireblade. A Honda CB 1000R NSC vem embarcada com muita eletrônica, e estamos nos referindo a quatro modos de potência que atuam em conjunto com o controle de tração e freio motor. O modo Rain reduz a potência em nível máximo, atuação do freio motor no nível intermediário e controle de tração com intervenção máxima. O modo Standard traz os três parâmetros em nível intermediário. Já o modo Sport libera toda a cavalaria, enquanto o controle de tração e freio motor são menos atuantes. Para fechar, o modo User possibilita uma total personalização dos parâmetros.

Além disso, a CB 1000R vem com painel digital completíssimo, com diversas informações úteis ao piloto. Nele, é possível ter acesso ao consumo de combustível médio e instantâneo, hodômetro total e dois parciais, modos de potência, shift light ajustável e muito mais! A moto também é equipada com alerta de frenagem, que aciona automaticamente os piscas em casos de reduções bruscas de velocidade, trazendo mais segurança e iluminação Full LED, que clareia muito bem o caminho à frente.

Merece destaque, também, o conjunto de suspensões. É completamente regulável: retorno, que é a velocidade em que a suspensão volta ao seu estado original; a compressão, velocidade em que a suspensão comprime e pré-carga da mola. A dianteira é do tipo SFF-BP (Separate Function front Fork – Big Piston) assinada pela Showa, e cada bengala tem uma função. De um lado as molas, do outro as condições de amortecimento. O projeto garante respostas uniformes e eficazes em todas as situações de pilotagem, já que são 100% reguláveis, caso necessite de alguma alteração por conta do terreno, piloto, ou até mesmo jeito de usar, basta fazer o set-up do conjunto. Na parte de trás, a mola, também da Showa, está ligada à uma balança monobraço.

FREIOS E CHASSI

O sistema de frenagem também foi herdado da CBR 1000RR Fireblade e é composto por dois discos flutuantes de 310 mm na dianteira, com cálipers radiais de quatros pistões. Já na traseira, é um disco simples de 256 mm, com cáliper de dois pistões e rodas de 17 polegadas.

O chassi foi projetado do tipo monotrave, desenhado em liga de aço. O rake é de 25 graus e trail de 100 mm, aliado a distância entre eixos de 1.452 mm, que resulta em uma pilotagem ágil e transforma a condução em algo divertido. Então, a motocicleta se dá bem em todo o tipo de condição, seja em estradas cheias de curvas – diria que esse é um dos habitats naturais do modelo –, em rodovias – carece de uma proteção aerodinâmica, mas esse é o estilo da moto – ou até mesmo na cidade! É claro que o porte dificulta um pouco a condução no trânsito mais intenso, mas ela passou no teste!

A Café Racer vem equipada com um motor de quatro cilindros em linha, de 998,4cc, que gera potência máxima de 141,4 cv a 10.500 rpm. É um motor imponente, forte, que responde ao menor giro do acelerador com muita precisão, em partes pelo acelerador eletrônico Throttle by Wire, que oferece mais assertividade na entrega de torque e potência. O motor desta “fera” foi concebido para entregar mais torque em regimes médios de aceleração, entre 6 e 8 mil rpm. A embreagem é deslizante, com comando hidráulico, que suaviza os trancos nas reduções de marcha mais bruscas. O câmbio tem seis marchas. A posição de pilotagem não é tão esportiva e garante conforto em viagens médias, pequenas e no dia a dia.

CONCLUSÃO

A Honda CB 1000R é uma forte candidata para a categoria em que se encontra. Entrega muito estilo, autenticidade e desempenho em patamares altos. É uma ótima opção para quem quer sair da mesmice e encarar algo diferente. 

CONFIRA A GALERIA DE FOTOS: