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Preparada para a aventura como nunca

Completamente renovada, a big trail da Honda chega em 2021 em duas versões, com motor mais forte, mais leve, repleta de tecnologia e apresentando a tão aguardada versão com câmbio de dupla embreagem.

Carregando o legado histórico do nome que nasceu para enfrentar a dureza do Rally Paris-Dakar, a Africa Twin sempre foi vista como uma motocicleta aventureira com capacidade e vocação para levar o seu proprietário para onde ele quisesse chegar. Seu espírito aventureiro associado a sua confiabilidade e desenvoltura mecânica fizeram dela uma das mais icônicas motocicletas do segmento big trail e depois de um hiato em que esteve fora do line up da marca, em 2016 ela retornou para a alegria de seus fãs.

Mas para esta volta, a Honda decidiu reforçar ainda mais as possibilidades todo terreno da motocicleta e para isso, tratou de dotá-la de atributos das motocicletas de sua linha de competição fora de estrada. Esta nova geração passou a ser batizada não mais como uma “NX”, mas de CRF 1000L Africa Twin, mostrando sua derivação e conexão oriundas das motos de competição off-road da marca.

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Foi um sucesso!

Mas agora, a moto chegou à sua terceira geração ainda mais moderna, potente e preparada para a aventura, já que apresenta desenvolvimentos e avanços tecnológicos que percorrem todo seu conjunto. São duas versões (Standard e Adventure Sports ES), cada uma contando com a possibilidade do câmbio convencional ou automático DCT de dupla embreagem, resultando em quatro variantes que transformaram completamente a Africa Twin e fizeram dela uma moto ainda mais preparada para levar você para onde quiser, com muito conforto, performance e prazer de pilotagem.

Enquanto a CRF 1100L Africa Twin (tanto com câmbio convencional como com DCT) são mais orientadas para o uso aventureiro puro, a versão Adventure Sports ES foi pensada para quem a empregará mais no asfalto e em longas viagens – adiante, nos debruçaremos sobre os elementos que as diferenciam.

Mais motor

A primeira mudança se deu no aumento da capacidade cúbica do motor, que passou dos 998 cm3 para 1.084 cm3, graças ao aumento no diâmetro no curso dos pistões (de 75,1 mm para 81,5 mm), enquanto que o diâmetro foi mantido (92 mm). A taxa de compressão em 10:1 foi mantida mas o cabeçote foi totalmente retrabalhado, recebendo novos dutos de aspiração, mais retilíneos, enquanto que as camisas dos cilindros agora são de alumínio, para melhorar o coeficiente de atrito e a dispersão de calor.

A injeção eletrônica também sofreu melhorias para acompanhar o aumento na cilindrada: novos corpos de aceleração de 46 mm foram adotados e o ângulo dos injetores foi modificado para oferecer melhor atomização do combustível nas novas câmaras de combustão, que contam com duas velas por cilindro; o mapeamento da ECU foi revisto para atender a estas novas configurações.

 O comando de válvulas único no cabeçote (UniCam SOHC) foi revisado para oferecer melhores respostas diante do aumento da vazão do fluxo de gases: as válvulas de aspiração tiveram sua abertura aumentada de 8,6 mm para 9,3 mm, enquanto que as de exaustão foram de 9,3 mm para 10,2 mm. O sistema de escape ganhou novidades: no lugar da tradicional sonda lambda, foram adotados sensores de fluxo lineares LAF (Linear Air Flow), que permitem leituras muito mais precisas, além de receber uma válvula de controle variável ECV (Electronic Control Valve) semelhante à que equipa a superesportiva CBR 1000RR-R Fireblade, que oferece respostas mais precisas, melhorando a performance e a eficiência do motor.

Tudo isso proporcionou um expressivo ganho de potência: são 99,3 cv a 7.500 rpm, contra 88,9 cv da versão 1000 – aumento de 11,7% – enquanto que o torque máximo passou de 9,5 kgf.m para 10,5 kgf.m a 6.000 rpm (ganho de 10,53%). Além de mais forte e potente, é preciso salientar que a moto ficou, em média, 10 kg mais leve, graças a reduções de peso conquistadas no motor, que está 2,5 kg mais leve na versão convencional (66,4 kg no total) e pesando 74,9 kg na versão DCT (2,2 kg a menos), resultando em novos níveis de performance.

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Acompanhando o alívio de peso do motor, o mesmo aconteceu com o chassi de aço, que apenas na região da coluna de direção está 1,8 kg mais leve. O sub-chassi também é novo e agora, fabricado em alumínio, o que deixou a peça 0,5 kg mais leve que a anterior.

Para proporcionar mais movimentação e permitir a pilotos de diversas estaturas uma experiência mais prazerosa e segura, o assento foi redesenhado e agora apresenta duas opções de altura em relação ao solo (850 mm e 870 mm). Por outro lado, os engenheiros também ampliaram a altura do guidão em 22,5 mm, o que deixou a ciclística da moto ainda mais confortável e a sensação de controle, maior. Vale ressaltar que os protetores de mão são itens de série nas duas versões.

Os freios são fornecidos pela Nissin: na dianteira há dois discos flutuantes em formato wave de 310 mm que trabalham em conjunto com pinças de fixação radial de quatro pistões cada; atrás, o disco também em formato wave mede 256 mm e conta com pinça de pistão único e nas duas versões, contam com sistema de cornering ABS, que distribui da forma mais homogênea possível a força de frenagem entre as pinças, para ampliar a segurança em situações de frenagem emergencial com a moto inclinada.

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Muita eletrônica!

Mas junto ao incremento mecânico, a nova geração da CRF 1100L Africa Twin ficou marcada pela adoção massiva da eletrônica embarcada, que elevou o nível da experiência de condução em qualquer tipo de terreno, graças às novas possibilidades que os bits e bytes propiciam.

O primeiro destaque foi a inclusão de uma unidade inercial de medição IMU (Inertial Measurement Unit) MM 7.10, de seis eixos, fabricada pela Bosch, e do acelerador eletrônico TBW (Throttle By Wire). Ambos, permitem à ECU controlar diversos parâmetros da motocicleta através de alguns importantes recursos de segurança.

Agora, a moto conta com controle anti-wheeling, controle de elevação da roda traseira, cornering ABS em dois modos (Road e Off-Road), cornering lights (versão Adventure Sports ES), enquanto que o controle de tração HSTC (Honda Selectable Torque Control) conta com nada menos que 7 níveis de intrusão. Além disso, a nova Africa Twin apresenta seis modos de pilotagem (Urban, Tour, Gravel, Off-Road e dois modos User, que podem ter seus parâmetros configurados livremente pelo condutor).

Os modelos equipados com câmbio automático ainda contam com a “Tecla G”, feature que estreou na maxi scooter X-ADV, que interpreta a inclinação do terreno e modula as trocas de marcha para conferir sempre a melhor tração em situações de subidas ou descidas íngremes.

Tanto a versão standard como a Adventure Sports ES contam com cruise control (controle de velocidade) de série, desligamento automático dos piscas e com sistema de alerta para frenagens de emergência ESS (Emergency Stop Signal), que aciona o pisca-alerta quando a moto freia bruscamente acima dos 50 km/h, para evitar colisões traseiras.

Em alinhamento estético e tecnológico com tudo isso está o novo painel, uma tela em TFT (Thin Film Transistor) de 6,5 polegadas que além de muito bonita, é extremamente funcional e de fácil leitura, podendo ser operada mesmo quando o piloto está usando luvas. Seu lay out muda de acordo com o modo de pilotagem selecionado, além de permitir o espelhamento do seu smartphone através das tecnologias Apple Car Play® e Android Auto®, também possibilitando a conexão via cabo. Dessa maneira, além do acesso a todos os aplicativos, o piloto também pode selecionar suas playlists, fazer e receber chamadas através da conexão de seu intercomunicador Bluetooth com o painel, enquanto que uma porta USB à direita do painel confere o carregamento do seu aparelho celular.

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Olhando a moto de frente, observa-se que os faróis estão com uma aparência renovada e ainda mais agressiva. Além do novo desenho, trazem luzes de direção diurna DRL (Daytime Running Lights) e no caso da versão Adventure Sports ES, ainda contam com cornering lights logo abaixo do conjunto principal.

Fornecidas pela Showa, as suspensões também receberam upgrade nas duas versões. A CRF 1100L Africa Twin vem equipada com garfo invertido de 45 mm de diâmetro, com 230 mm de curso, com múltiplas regulagens (pré-carga, compressão e retorno). Atrás, o monoamortecedor oferece 220 mm de curso, traz reservatório de nitrogênio externo e também permite todas as regulagens.

Já a versão CRF 1100L Africa Twin Adventures Sports ES traz a novíssima suspensão eletrônica Showa EERA™, que possibilita ao piloto realizar os ajustes através de um único botão no punho esquerdo da moto, conferindo muito mais liberdade e conveniência para acertar sua motocicleta para diferentes condições de uso.

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Preços e cores

A CRF 1100L Africa Twin com câmbio convencional está disponível em duas cores (preta fosco ou vermelho) e tem preço de venda sugerido de R$ 70.490 (mais frete), enqanto que a versão com DCT é oferecida somente na cor vermelha, com preço de R$ 76.804.

Já a CRF 1100L Africa Twin Adventure Sports ES será vendida apenas na cor branca. Com câmbio manual, seu preço sugerido é de R$ 90.490 e com câmbio DCT, R$ 96.626.

Diferenciais

CRF 1100L Africa Twin                                            CRF 1100L Africa Twin Adventure Sports

Tanque 18 litros                                                                       Tanque 24,8 litros

Cornering Lights: não                                                            Cornering Lights: sim

Para-brisas curto                                                                     Para-brisas alto

Pneus com câmara                                                                 Pneus sem câmara

Suspensões Showa convencionais                                 Suspensões eletrônicas Showa EERA™

Cornering ABS: sim                                                                 Cornering ABS: sim

Anti-wheeling: sim                                                                   Anti-wheeling: sim          

Sete Modos de Pilotagem: sim                                         Sete Modos de Pilotagem: sim  

Emergency Stop Signal: sim                                               Emergency Stop Signal: sim

Painel em TFT de 6,5”: sim                                                  Painel em TFT de 6,5”: sim           

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Box câmbio DCT

Herdada do mundo dos automóveis de alta performance da marca, o sistema de câmbio automático de dupla embreagem da Honda é uma tecnologia que embora moderna, não é nova e apesar disso, permanece uma exclusividade da Honda até hoje.

A primeira geração da tecnologia foi apresentada pela marca em 2009 equipando o modelo VFR 1200F. Era o início de uma jornada que só veio evoluindo ao longo desta última década e que culminou no sistema que hoje equipa uma motocicleta voltada a condições extremas de uso.

Seu conceito baseia-se no uso de uma caixa com dois conjuntos de embreagens: um destinado às marchas pares e outro, para as ímpares. Quando uma marcha está engatada e com o veículo em movimento, a outra marcha já fica também previamente engatada, aguardando o momento de entrar em ação, seja automaticamente, seja a partir do comando do condutor, uma vez que o sistema oferece as duas possibilidades (AT ou MT).

Dessa maneira, as trocas, além de muito rápidas, são muito suaves, dada a linearidade do sistema.

No modo automático (AT) o piloto conta com as opções D (Drive) e S (Sport), sendo que nesta última, há três níveis de performance que oferecem um progressivo incremento na rotação do motor, antes da troca de marcha.

E como citado, este câmbio ainda apresenta a função “G”, que maximiza a tração em terrenos íngremes: através da leitura que faz da inclinação do terreno e da rotação do motor, ele escolhe a melhor marcha para que a moto tracione da melhor maneira possível, tanto na descida, através do efeito freio-motor, como na subida.

É a vanguarda tecnológica da Honda, mais uma vez, fazendo história no mundo da moto.