Após ter sido apresentada no Festival Interlagos, motocicleta com vocação off-road chega com preço de R$ 27.690
O resgate de nomes de sucesso já é uma tradição de décadas na Honda. Para além do aspecto mercadológico, tal prática visa propor motocicletas dentro de conceitos que se revelaram determinantes no passado com o melhor da tecnologia atual. Deste modo, a Honda atende plenamente os anseios dos mais exigentes motociclistas e os conecta a um espírito de sucesso permeado à forte tradição.
Uma rápida olhada pelo retrovisor exalta como grande exemplo a Africa Twin: surgida na virada dos anos 1980-1990, o modelo imediatamente se colocou como referência máxima em seu segmento. Uma década atrás, a Africa Twin ressurgiu evidenciando esta estratégia da Honda, uma inteligente simbiose entre as tecnologias mais atuais e conceitos de comprovada eficiência.
Mais recentemente, a Honda XRE 300 Sahara seguiu esta trilha de sucesso, que se repete agora com a XR 300L Tornado. Nome sonoro com passado brilhante, remetendo ao modelo dos anos 2000. A eficiência, solidez e adequação à proposta de motocicleta versátil, capaz de encarar trilhas e ser utilizada no dia a dia deu à Tornado pioneira um consenso favorável, que perdura até os dias de hoje. A nova XR 300L Tornado nasce, portanto, sob o signo de sucesso. Sua formulação técnica permite enxergar grande receptividade pois une elementos de comprovada eficiência dinâmica como o chassi derivado da CRF 250F, off-road puro-sangue, cuja especificação técnica a levou a vitórias nas mais exigentes competições off-road, assim como elementos derivados da versátil XRE 300 Sahara, uma efetiva motocicleta multiuso que já conquistou o reconhecimento dos usuários.
Atenta a este cenário, a líder do mercado mundial e nacional completa agora seu lineup oferecendo a pura off-road CRF 250L, a multiuso Sahara 300 e, agora, a genuína on-off XR 300L Tornado.
Design
O design da nova Tornado atende ao conceito pelo qual a forma deve atender à função. Deste modo, a presença do banco plano, cuja parte anterior avança sobre o tanque, evidencia o caráter fora de estrada. Idem sobre as partes plásticas, com laterais que facilitam a movimentação do piloto e a solução do tanque metálico encapsulado por superfícies plásticas, com amplas aletas laterais. O mesmo vale para justificar a opção pelo para-lama elevado e farol e lanterna traseira minimalistas. O painel exclusivo é outro elemento que alia a totalidade de informações sobre funcionamento e gestão da motocicleta com a resistência a eventuais impactos em uso extremo.
Merece destaque o posicionamento das pedaleiras e também a altura do banco em relação ao solo, de 890 mm, assim como a elevada distância livre do solo, de nada menos que 268 mm, medidas de referência em seu segmento e garantia de efetividade em uso extremo. Mesma filosofia se evidencia pela escolha de aros com predisposição para travas de pneu, equipamento específico para uso off-road.
O display 100% digital tem indicador de marcha, marcador de nível do combustível, conta-giros, hodômetros total e parcial (A e B) e indicador de consumo médio e instantâneo, além de cinco níveis de controle de luminosidade.
O reservatório de combustível está protegido por abas laterais e um invólucro plástico superior, no qual se encontra a tampa tipo aeronáutico dotada de chave. A capacidade é de 13,8 litros (3,7 litros de reserva). A superfície lateral do tanque e sua conjunção com o assento facilita a necessária movimentação do piloto em pilotagem off-road.
Ciclística
A escolha de um chassi derivado da Honda CRF 250F representa uma evidente opção por robustez e eficiência ciclística, características intrínsecas das Tornado desde sempre. Tal estrutura tubular de aço, superdimensionada, se une a componentes de alta especificação técnica como suspensões de longo curso, rodas raiadas com aro de alumínio 21 polegadas na dianteira e 18 polegadas na traseira pintados de preto, que junto à pneus e freios forma um conjunto ciclístico que satisfará plenamente às exigências da utilização off-road.
Outro aspecto de grande importância na XR 300L Tornado foi o cuidado com a ergonomia. Este item ganha relevância pela necessidade de atender a um padrão de utilização que satisfaça a diversos usuários, os que desejam desfrutar a competência do modelo no off-road e aqueles que farão uso urbano. Todavia, a missão de buscar o equilíbrio entre uma posição de pilotagem “off” e aquela exigida em utilização normal resultou em um compromisso equilibrado, que atenderá a um amplo leque de motociclistas.
Tendo em vista uma proposta mais fora de estrada da XR 300L Tornado ante a Sahara 300, medidas fundamentais da geometria, o cáster e o trail, foram alteradas. A mudança é mínima no cáster – 25º59’ na XR 300L Tornado enquanto na Sahara 300 tal medida é de 26º00’ –, enquanto o trail passou de 98 mm na Sahara para 123 mm na XR 300L Tornado. Na prática, estes números evidenciam a opção por mudanças de direção mais rápidas na Tornado e privilégio da estabilidade direcional em velocidades elevadas na Sahara 300.
Quanto às suspensões, a XR 300L Tornado tem um garfo dianteiro telescópico, com tubos de 41 mmØ e 245 mm de curso na roda, com aro de alumínio de 21 polegadas calçado com pneu medida 90/90. Na traseira, a suspensão Pro-Link tem conjunto mola/amortecedor regulável em sete posições ancorado à balança de alumínio. O curso é de 227 mm (2 mm a mais que na Sahara 300). O pneu traseiro tem medida 120/80 – 18. A XR 300L Tornado está equipada com os novos pneus Metzeler Karoo Street, com desempenho adequado ao uso tanto no asfalto como em vias de terra.
A frenagem da XR 300L Tornado conta com sistema ABS (Antilock Brake System) de dois canais, com disco dianteiro de 256 mm de diâmetro e cáliper de pistão duplo de comando hidráulico. O disco traseiro tem 220 mm de diâmetro e cáliper de pistão simples, também com comando hidráulico. O peso a seco é da Honda XR 300L Tornado é de 143 kg.
Motor
A Honda XR 300L Tornado se vale do mesmo motor que equipa a Sahara 300. Trata-se do moderno monocilíndrico SOHC arrefecido a ar, de 293,5 cm3, cuja arquitetura privilegia o torque em baixas e médias rotações. Em virtude de alterações na caixa do filtro de ar, a potência máxima usando etanol é de 24,8 cv (24,3 cv com gasolina). o que representa diferença na ordem de 0,4 cv em relação ao motor que equipa a Sahara 300. Todavia, o torque máximo de 2,74 kgf.m (com etanol, 2,7 kgf.m com gasolina) foi mantido, e surge em regime levemente inferior de rotação.
A curva de torque que privilegia baixas rotações se traduz em um motor mais elástico, cuja entrega de torque consistente é característica especialmente adequada ao uso off-road, mas que também oferece vantagens no uso urbano por exigir menos trocas de marcha. Outro diferencial em relação à Sahara 300 é a relação da transmissão final: a XR 300L Tornado tem um conjunto coroa/pinhão 14/39 dentes enquanto a Sahara se vale de um conjunto 14/40 dentes, diferença que visa equalizar o desempenho mesmo havendo leve diferença na potência máxima destes modelos. Quanto as relações das seis marchas, não houve nenhuma alteração.
A embreagem é do tipo assistido deslizante, que proporciona pequeno esforço no acionamento da alavanca e segurança nas reduções de marchas mais extremas, uma vez que o sistema limita uma eventual perda de aderência da roda traseira e consequente desestabilização. Assim como a Sahara 300, a XR 300L Tornado tem radiador de óleo, cujo posicionamento garante integridade ao componente em eventual tombo, comum na prática do off-road, como favorece a estabilidade térmica, o que amplia a durabilidade do motor.
A alimentação da XR 300L Tornado está a cargo do sistema de injeção eletrônica PGM-FI com tecnologia FlexOne, que permite abastecimento com gasolina ou etanol em qualquer proporção. O motor da nova Tornado atende amplamente as exigências da legislação PROMOT 5.
Preço, cores e garantia
As Honda XR 300L Tornado estará disponível na rede de concessionários Honda a partir de agosto. A garantia é de 3 anos, sem limite de quilometragem, mais óleo Pro Honda grátis em sete revisões (o fornecimento gratuito do óleo é válido a partir da 3ª revisão). O intervalo de manutenção é de 6.000 quilômetros ou 6 meses após a primeira revisão, que deve ocorrer com 1.000 quilômetros ou 6 meses. A opção de cor disponível é vermelha e o preço público sugerido base São Paulo/SP, que não inclui despesas com frete ou seguro, é de R$ 27.690,00.
Moto Adventure, a Revista dos Melhores Motociclistas.
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