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Apresentando design invocado e uma série de itens exclusivos, moto que é a porta de entrada à KTM não encontra rivais na baixa cilindrada e briga com motos maiores em desempenho.

A evolução experimentada pela KTM nos últimos 20 anos é algo digno de figurar na história da motocicleta. Criada pelas mãos de um habilidoso mecânico de motos, a marca que surgiu em um país sem muito prestígio no motociclismo, ofusca hoje o poderio das gigantes japonesas, graças à sua filosofia de buscar a excelência em tudo que faz, baseado na premissa “Ready to Race”.

Onde a KTM põe as mãos não o faz para brincar: foi assim no Dakar, onde venceu de forma ininterrupta durante 18 anos, no Mundial de Motocross, no AMA Motocross e mais recentemente, na MotoGP, onde conquistou sua primeira vitória na principal categoria da motovelocidade mundial pelas mãos do estreante Brad Binder – e detalhe: com apenas 4 anos de participação!

Isso tem feito com que seus produtos, independentemente do nicho, sejam bastante desejados, mesmo estando em patamares de preço superiores aos de seus concorrentes, demonstrando que preço e valor são coisas que não andam de mãos dadas.

Depois de termos andado – e gostado muito – na 390 Duke ABS 2020, agora foi a vez de experimentarmos a companhia de sua irmã menor, a 200 Duke ABS 2020.

Exclusividade

Apesar de não trazer as evoluções estéticas que sua irmã maior ganhou, como o novo – e lindo – farol em LED, painel em TFT colorido, etc., a “Dukinha” continua sendo uma motocicleta que se destaca no segmento de baixa cilindrada em razão dos diferenciais que apresenta.

O primeiro ponto é o próprio visual: com linhas agressivas e afiladas que se mesclam a um quadro treliçado e a rodas de liga leve, a moto tem ampliada sua agressividade em razão da combinação entre o laranja, o branco e o preto, laranja este, muito bem canalizado na pintura das rodas.

Além disso, a 200 Duke ABS traz itens que nenhuma outra moto de baixa cilindrada apresenta: tampa de tanque estilo aviação, suspensão dianteira invertida, painel full digital com computador de bordo e shift light, assento em dois níveis, freio a disco nas duas rodas, linhas de freio envoltas em malha de aço (Aeroquip), piscas e lanterna traseira em LED e guidão cônico em alumínio, bem como bacalhaus (suportes de pedaleiras) e alças para o garupa em alumínio. Vale destacar também o esmero na fabricação de peças como a balança em alumínio com aspecto colmeia e o spoiler, que ressalta a vocação esportiva da motocicleta.

Que fôlego!

O motor é outro ponto alto da moto. Este monocilíndrico de 199,5 cm3 entrega 25,8 cv e 1,96 kgf.m de torque. Embora tenha menos torque que suas rivais de 250 cm3, apresenta 3,6 cavalos a mais que a Honda CB 250 Twister ABS e 4,5 cv a mais que a Fazer 250 ABS. O câmbio é de seis velocidades, com embreagem de acionamento a cabo.

Sua exclusividade também expressa-se nos freios. Fornecidos pela Bybre, a marca da Brembo para motos de baixa cilindrada, traz disco dianteiro de 300 mm, com pinça de fixação radial de dois pistões, e traseiro de 230 mm, servido por pinça flutuante de pistão único. O curioso é que embora a moto apresente sensor de ABS (roda sônica) na roda traseira, não há este sistema atrás… Como assim, KTM?

A suspensão dianteira é uma WP APEX  43 invertida, com curso de 150 mm; atrás, o monoamortecedor também apresnta o mesmo curso, além de oferecer opções de regulagem de pré-carga, sendo fixado diretamente na balança, sem o uso de links.

As rodas são de 17” calçadas com pneus Pirelli Diablo Rosso II, medindo 110 mm na dianteira e 150 mm na traseira, outro diferencial, uma vez que as demais concorrentes são equipadas com pneus de até 140 mm atrás.

Mas toda esta exclusividade e desempenho, cobram o seu preço. Seu preço de tabela é de R$ 16.990,00 + Frete (preço-base São Paulo), enquanto que a Twister sai por R$ 16.423 + Frete e a Fazer, por R$ 17.190 + Frete, ambos preços-base São Paulo.

Impressões

Embora a “Dukinha” seja uma moto que já conte com 9 anos de estrada, ela continua contemporânea, muito embora faça falta os novos farol e painel presentes na 390. Sua posição de pilotagem convida para uma tocada mais agressiva, deixando o tronco mais projetado para frente, mas encara o day by day de boa, assim como esticadas na estrada, mas não é vocacionada para roteiros mais longos (inclusive, o assento não traz espuma das mais macias).

O painel, embora desatualizado, ainda tem seu charme graças ao computador de bordo e à shift light, mas os números muito pequenos do conta-giros comprometem sua leitura.

A motinho é muito bonitinha e seu avançado motor combina muito bem elasticidade com vigor. É incrível você estar num trecho íngreme, a 50 km/h, em 6a marcha e não precisar jogar 5a para manter a velocidade. Claro que se quiser fazer uma ultrapassagem será necessário, mas do contrário, ele segura a onda, sem ficar batendo corrente ou pedindo aquela famosa “queimada de embreagem”.

Além disso, proporciona arrancadas que rivalizam com motos de 250/300 cm3, tamanho seu punch, além de apresentar baixo índice de vibração e um ronquinho da hora. Só a embreagem que achei que poderia ser mais macia, enquanto que seu consumo superou os 27 km/l.

E o que essa motinho faz de curva? Os bons pneus Pirelli Diablo Rosso II grudam no chão, enquanto que suas suspensões tratam de deixar a moto nos trilhos, além de lidarem bem com as imperfeições.

Fechando, temos o eficiente conjunto de freios; infeliz e inexplicavelmente, o ABS não está presente na roda traseira, o que pode assustar os menos experientes em frenagens emergenciais.

Resta saber até quando a motinho estará por aqui, afinal, o Brasil é um dos últimos (se não o último) países onde a 200 Duke é vendida, tendo sido substituída em vários países onde a marca atua pela irmã de 250 cm3.

Ficha Técnica

Motor: monocilíndrico DOHC, 4V, arrefecimento líquido

Cilindrada: 199,5 cm3

Alimentação: injeção eletrônica

Diâmetro x Curso: 49 mm x 72 mm

Potência: 25,8 v a 10.000 rpm

Torque: 1,96 kgf.m a 8.000 rpm

Câmbio: 6 velocidades

Chassi: tubos de aço em treliça

Susp. Diant.: invertida WP Apex, 43 mm diâm., sem regulagens, 150 mm curso

Susp. Tras.: WP Monoshock, com reg. pré-carga, 150 mm curso

Freio Diant.: disco duplo 300 mm, pinça fixação radial dois pistões, com ABS

Freio Tras.: disco 230 mm, pinça flutuante, sem ABS

Pneu diant.: 110/70-R17

Pneu Tras.: 150/70-R17

Peso: 134 kg (CB 650R/CBR 650R)

Tanque: 11 l

Preço:  R$ 16.990