Rodar cerca de 3.200 km por lugares incríveis dos EUA a bordo de uma Harley-Davidson: este foi o mote de uma viagem que percorreu oito estados e deixou grandes memórias!

TEXTO E FOTOS: RENATO JOSE SCHEIRR

Como qualquer motociclista que se preze, sou um aventureiro nato e adoro passear de moto por lugares desconhecidos. Realizei uma viagem de pouco mais de 3.200 km pelos EUA, em um roteiro bastante rico, partindo de Vegas / Salt Lake City / Denver e abrangendo cerca de oito estados. No caminho, passei por inúmeros pontos de interesse turístico, como Yellostone (Wyoming / Idaho / Montana), Gran Tetton (Wyoming), Zion (Utah), Bryce Canyon (Utah), Mount Rushmore, Park Custer, Park Bufalo Bill (em Cody), Deadwood, Jackson e, finalmente, Denver, com sua famosa Rua Dezesseis e estações de esqui.

O grupo tinha dez motos, entre modelos Honda Gold Wing, BMW GS 1200 e Harley-Davidson Road King (esta não conseguia acompanhar as outras motocicletas). Com pontos de encontro previamente programados, principalmente os locais de abastecimento, organizamos muito bem o tempo de espera, colocação das motos nas bombas para abastecimento e outros itens importantes para este tipo de viagem.

EXPERIÊNCIAS MARCANTES

A viagem foi muito boa e divertida, principalmente sabendo que a partir do terceiro dia de rodagem não somos mais os mesmos – chamamos isso de “experiência”! O roteiro passou pelas seguintes estradas: Vegas a Springdale: I-15 North / SR-9 East; Springdale a Richfield: US-89 North; Richfield a Ogden: SR-9 East / US-89 North / SR-12 / I-70 East; Ogden a Jackson: I-70 East / US-89 North / I-15 North; Jackson a Yellostone: US-189 North / Tetton Park Road US-191 / Grand Loop Road; Yellostone (Snake River) a Cody (Museu Bufalo Bill): US-189 North / Tetton Park Road / US-191 / Grand Loop Road; Cody a Sheridan: Grand Loop Road / US-14; Sheridan a Deadwood, ao lado de Sturgis: US-14 / US-14 / I-90; Deadwood a Scottsbluff: I-90 East / US-14 / WY-24 / I-90 / US-14; Scottsbluff a Denver: US-385 / US-16A / SR-87 / SR-385 / US-26.

RODANDO…

A partir de Vegas – uma cidade maravilhosa, onde pegamos as motos –, a H-D Road King que eu pilotava batia forte na hora de engatar a primeira marcha. Uma pilotagem de mais ou menos 300 km diários, distância bastante satisfatória para a média da faixa etária dos envolvidos. Estradas maravilhosas, normalmente dentro de parques, sempre evitando as freeways, o que tornou os deslocamentos bastante prazerosos. Não percorremos caminhos off-road.

Os hotéis da rede Inn nos atenderam e deram boas condições de conforto ao grupo. Ainda que, às vezes, tenhamos pagado um preço maior, as acomodações sempre fazem a diferença. E isso é importante, pois são momentos de descanso e recuperação para encarar as próximas estradas. Este roteiro é indicado para quem tem várias alternativas nos EUA, pois, em poucos dias, é possível conhecer muitos pontos turísticos referenciais para quem pratica o moto turismo.

VISITAS OBRIGATÓRIAS

É possível conhecer toda a história do General.Custer no Parque Estadual de mesmo nome, ao sul de Dakota do Sul. Além de uma grande reserva de vida selvagem, incluindo bisões, antílopes e leões da montanha, o lugar contempla túneis, pontes e curvas de até 360 graus. A 24 km de Rushmore, a escultura do guerreiro Dakota Cavalo Louco, na montanha de Thunderhead, chama a atenção, assim como o monólito no Devils Tower National Monument, com quase 400 metros de altura, que ficou famoso graças ao filme “Contatos Imediatos de Terceiro Grau”, lançado em 1977.

Outro aspecto importante de rodar por estradas alternativas é que evitamos as pistas monótonas e as cidades, onde se perde muito tempo. Além do mais, isto oferece mudança de limites de velocidade máxima, o que pode causar alguns transtornos. Agradecemos aos guias, que nos levaram pelos melhores caminhos.

Nas muitas viagens que fiz, sempre contei com parceiros que tornaram possíveis as façanhas realizadas, tais como: o Grupo Ventonegro, com o qual fiz a maioria de minhas trips; o grupo Sulistas de Porto Alegre; os Lobos da Ilha de Torres (RS); e amigos como Natalio Cotliarenko, Ramon Campos Schneider e Jose Salatino. Faço um agradecimento especial ao casal Carlos e Ana, da Melbourne Tour.

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