Fabricada pela QJ Motor e apresentada na última edição do EICMA, superesportiva é equipada com motor MV Agusta e tem peso seco infefior a 200 kg.
Quando pensamos em motos chinesas, durante muito tempo isso esteve associado a produtos de qualidade duvidosa, a designs capengas, ou mesmo a cópias idênticas de produtos de marcas famosas, mas isso é algo que ficou no passado (pelo menos aqui no Brasil), uma vez que os produtos originários do país asiático que chegam por aqui estão melhorando cada vez mais.
E agora, os chineses já demonstram que querem entrar no seleto grupo dos fabricantes de motos de alta performance. Pelo menos este foi o recado que a QJ Motor deu durante a realização da última edição do Salão de Milão, ao apresentar a SRK 1000RC, a primeira superbike chinesa.
Embora os fabricantes chineses muitas vezes aproveitem as feiras internas (CIMA, por exemplo) ou eventos no país para revelar as suas inovações e só posteriormente levá-las para o resto do mundo, o fato de a SRK 1000RC ter seu batismo na Itália diz muito sobre o cartão de apresentação e sobre as intenções da QJMotor de levar sua esportiva de 1078 cc em escala global, afinal, grana eles têm já que a empresa faz parte do gigante Grupo Geely.
A moto foi projetada pelo centro de estilo italiano C-Creative onde Adrian Morton e Paolo Bianchi se destacam como cofundadores, já tendo realizado trabalhos para a MV Agusta e Benelli (no caso de Morton). Não é de forma alguma a primeira vez que uma marca chinesa decide apostar num centro de estilo/engenharia europeu, e isto é também um sinal da vontade de criar motos globais como o projecto Ten_78 que está na base da SRK 1000RC.
Do ponto de vista do design, a superesportiva chinesa parece altamente refinado e nada banal. Vastas superfícies lisas, alternadas com outras vivas, são ladeadas por zonas claras e zonas escuras num jogo de contrastes; a zona da carenagem é também muito particular com um intrigante trabalho de integração das entradas de ar dinâmicas. A moto ainda traz impressos em algumas áreas os QR Codes com informações para matar a curiosidade dos mais atentos. O sistema de escape duplo passa entre o assento e o braço oscilante, enquanto a parte inferior da carenagem se estende até a traseira, quase para abraçar a roda.
Já pelo nome do projeto (Ten_78) pode-se deduzir a derivação do motor de 1.078 cc daquele que equipa as motos da MV Agusta das gerações anteriores (agora as motos de Schiranna estão equipadas com motor de 998 cc) e em parte – ao menos esteticamente – é possível detectar uma inspiração no Brutale ou da F4 nas formas do chassis misto de alumínio/aço ou no braço oscilante.
O motor de quatro cilindros em linha de 1.078 cc com refrigeração líquida oferece potência máxima de 106 kW (146 cv) e torque máximo de 11,4 kgf.m equipado com embreagem operada hidraulicamente e caixa de seis velocidades, enquanto o peso seco declarado é igual para 198 kg.
Para suspensão, é utilizado na dianteira um garfo invertido Marzocchi ajustável e um monoamortecedor traseiro com multilink . O tanque tem 19 litros, o assento está a 840 mm do solo, com distância entre-eixos de 1.425 mm. O sistema de freios é equipado com ABS e desenhado pela Brembo, composto na dianteira por discos duplos de 320 mm e um disco traseiro único de 260 mm.
Entre as funcionalidades destacam-se o sistema de iluminação Full LED e painel de instrumentos TFT, bem como o quickshifter e as câmeras dianteira e traseira, que assumimos estarem presentes para implementar ajudas à condução.
“Apenas” 144 cavalos de potência? O motor de 1078 cc seria capaz de ir muito mais longe e atingir facilmente – presumivelmente – 170 cavalos na configuração Euro 5+, mas talvez os chineses tenham optado por este valor visando ainda fazer ajustes na motocicleta que ainda é um protótipo. Ou seja, certamente a moto de produção vai entregar muito mais potência – pelo menos é o que esperamos.
E aí, o que achou da SRK 1000RC? Conta pra gente
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Fonte: Moto.it
