Depois de operar em diversas cidades asiáticas o serviço, agora UberMoto passa a ser oferecido na cidade-Luz em fase experimental.
Aqui no Brasil, várias cidades de menor porte – e inclusive nos morros do Rio de Janeiro – o serviço de moto-táxi já é uma realidade consolidada em função do tempo e também, da economia de tempo e dinheiro que este serviço confere aos seus usuários e agora, a gigante Uber começa a reconhecer a vantagem da motocicleta como o melhor modal para vencer as distâncias das grandes e engarrafadas metrópoles.
É que a empresa acaba de lançar uma experiência-piloto na cidade de Paris. Desde o início de outubro, os moradores da Cidade-Luz contam com a possibilidade de contratar corridas de moto em vez de dependerem somente do serviço prestado com carros.
Para desenvolver esta experiência em uma das maiores e mais importantes cidades do mundo, a Uber leva a experiência de já desenvolver este mesmo serviço em locais como Indonésia, Tailândia e Índia desde 2017. O UberMoto funciona de maneira semelhante ao serviço de chamada de carro. Os clientes reservam uma viagem por meio do aplicativo e um motociclista chega para transportá-los pela cidade. Quando chega, o motociclista entrega ao passageiro um equipamento de proteção completo contendo capacete, jaqueta e luvas.
Claro, o tempo de viagem acelerado garante um preço premium e o Uber ajusta suas tarifas para competir não apenas com os moto-táxis, mas também com seus próprios serviços de compartilhamento de transporte e mobilidade urbana. Por exemplo, uma corrida de 10 quilômetros desde o distrito comercial de La Défense à estação ferroviária de Saint-Lazare custa cerca de € 56 ($ 65 dólares ou R$ 373,13). Esse preço não inclui aumentos durante os períodos de pico de uso, então o serviço pode ser reservado para situações de rush. É preciso considerar que este preço equivale-se ao do serviço de carro em Paris, mas com a vantagem de você economizar tempo.
Enquanto o UberMoto está apenas em fase de testes em Paris, a empresa espera expandir ainda mais seu escopo. Por enquanto, apenas membros do programa de fidelidade à marca do Uber podem acessar o serviço, mas se a plataforma for bem-sucedida, em breve será estendido para outras cidades europeias.
Questão nebulosa
Aqui no Brasil, o transporte de moto-táxi ainda é algo nebuloso. Dois aplicativos foram lançados com o objetivo de explorar o serviço: o Picap e o Garupa. De acordo com seu próprio site, o Garupa agora opera somente com carros, enquanto que o Picap vem, aos poucos, ampliando sua presença e segundo reportagem publicada pelo Correio Popular, de Campinas, em 21/10/2020, o app está operando em Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Manaus (AM), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Teresina (PI) e agora, em Campinas (SP).
Até setembro do ano passado, o serviço de moto-táxi era proibido na cidade de São Paulo, mas uma decisão do Tribunal de Justiça julgou inconstitucional uma lei municipal de 2018 que impedia a prestação deste serviço na capital, por entender que os vereadores da cidade não têm competência para julgar uma questão de trânsito, algo que somente a União pode fazê-lo.
Desde 2009 uma lei federal sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva regulamentou em todo o país as profissões de motoboy e mototaxista, mas deixou a cargo dos municípios a normatização para os serviços, daí a polêmica que só foi solucionada no final do ano passado.
Apesar de agora legal, o serviço ainda é tímido em São Paulo, com poucas pessoas conhecendo e utilizando-o em seus deslocamentos.
Quem sabe a Uber não se interesse? Certamente, demanda há!
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