Submetemos a nova Yamaha Crosser XTZ 150 a um test ride exigente e comprovamos sua versatilidade

TEXTO: JAN TERWAK

FOTOS: EDGAR KLEIN / CARLA GOMES

A Revista Moto Adventure avaliou a Yamaha XTZ 150 Crosser em um teste exigente, que colocou a pequena Trail do fabricante nas mais diversas situações, como rodovias, cidade, trânsito e, é claro, estradas de terra! A receita dessa motocicleta é simples: trata-se de uma máquina que garante robustez, versatilidade e conforto, pronta para encarar qualquer terreno. A versão testada foi a Z, que tem o para-lama alto – o que facilita as incursões em situações off-road e linhas agressivas. A versão S é mecanicamente igual, porém, com uma estética voltada para o asfalto.

O painel mescla o digital com visor em LCD e conta-giros analógico e contém informações interessantes, como marcador de marcha, relógio, hodômetro total e parcial, além de indicador de pilotagem econômica. Outra característica interessante da Crosser é o lampejador de farol, que auxilia na segurança. O conjunto óptico é eficiente e ilumina muito bem o caminho à frente.

A posição de pilotagem é confortável e, ao mesmo tempo, se parece em muitos detalhes como uma moto de trilha – uma legítima Trail! As pernas ficam pouco flexionadas e os braços permanecem relaxados e em posição de ataque. O banco é espaçoso e grande, garantindo conforto para o piloto e garupa, embora pudesse ser mais macio. O bagageiro também contribui para o condutor se sentir mais confortável e tem capacidade de 7 kg.

CICLÍSTICA

Um dos destaques da Yamaha Crosser é a ciclística bem acertada. A moto é muito fácil de pilotar: a condução é confortável e a simplicidade é o ponto alto do modelo. A geometria da Crosser leva em conta um aro 19 na dianteira e 17 na traseira, calçados com pneu Metzeler Tourance, que garantem ótimo desempenho no asfalto e em pistas de off-road. Colocamos a motocicleta na terra e o pneu teve um desempenho muito bom, garantindo tração nos mais diversos terrenos.

A distância entre eixos da Crosser é de apenas 1.350 mm. Tem baixo peso (124 kg a seco), o que proporciona agilidade na hora de pilotar, seja em trocas rápidas de direção ou em curvas. A suspensão dianteira tem curso de 180 mm, enquanto a traseira é do tipo Monocross, com link e curso de 160 mm. O sistema de Link na suspensão traseira é um dos responsáveis pelo conforto nas imperfeições do terreno e eficiência no amortecimento.  O conjunto de suspensões deu conta do recado: em cada momento que foi exigido, respondeu à altura, seja engolindo lombadas, valetas ou buracos.

Uma das novidades da XTZ 150 Crosser foi a adoção do ABS na roda dianteira – o freio traseiro é equipado com sistema a disco. Os freios funcionaram muito bem em todas as situações nas quais foram demandados e o ABS contribuiu para a eficiência da frenagem e segurança.

MOTOR

O motor que equipa a Yamaha XTZ 150 Crosser é derivado de sua irmã do asfalto, a Fazer 150. É um motor SOHC (Comando Simples de Válvulas no Cabeçote), refrigerado a ar, com 149,3cc, que rende potência máxima de 12,2 cv a 7.500 rpm (gasolina) e 12,4 cv aos mesmos 7.500 rpm quando abastecido com etanol. Os números de torque ficam na casa de 1,3 kgf.m, ambos com gasolina e etanol a 6.000 rpm. É um motor que vibra pouco, econômico e robusto, adequado para a proposta do modelo. O câmbio tem cinco marchas, é leve (assim como a embreagem) e bem escalonado.

CONCLUSÃO

A Yamaha XTZ 150 Crosser é uma moto e tanto! É valente, versátil, econômica, cheia de estilo e cumpre o que promete.

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