Adeus-VMax

Depois de 35 anos de história, Yamaha decreta o fim deste ícone do mundo das duas rodas

Por mais exagerada e intensa que a Yamaha VMAX seja, a notícia de sua morte veio mais como um gemido do que um grito, infiltrada no final de um comunicado de imprensa detalhando as novas cores emocionantes que virão para o resto do line up da marca para 2021. Se você piscou, perdeu, mas aí estava: graças à idade e à incapacidade de chegar perto de atender aos padrões de emissões Euro 5, a Yamaha VMAX será descontinuada assim que este ano apagar suas luzes.

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A primeira Yamaha V-Max (com hífen no nome), apresentada em Las Vegas (EUA), em 1984 e lançada no ano seguinte

Há um bom argumento de que já era hora.

Lançada em 1985, a V-MAX (inicialmente tinha o hífen e com motor 1200) teve somente uma grande atualização em seu reinado de 35 anos como power cruiser. Mesmo quando foi totalmente remodelada em 2009, a fórmula permaneceu a mesma, apresentando seu enorme V-4, associado à uma posição de pilotagem relaxada, que se somavam às icônicas entradas laterais de ar e a seu amplo pneu traseiro. Foi uma ótima ideia, mas que não resistiram ao apelo urgente de renovação de nosso ar.

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A VMAX foi a primeira muscle bike que inspirou todas as outras que foram criadas depois dela, como a radical V-Rod da Harley-Davidson, ou a bela Ducati Diavel, mas embora fosse capaz de acelerar com vigor, despejando sem amplo torque em arrancadas, não era exatamente uma moto confortável e carecia de agilidade – e custando U$ 17.995 não era exatamente, uma moto barata.

Mas a despeito de seus pontos fracos, a VMax sempre foi uma moto que despertou a paixão de um grupo de aficionados, cuja história começou lá em 1984, quando foi apresentada em Las Vegas – haveria lugar melhor para isso ter ocorrido?

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A VMax era (ou sempre será?) uma personificação quase perfeita do que uma motocicleta deveria ser. Sem exageros tecnológicos, quase simplória, objetiva, bruta, era quase anti-social e perfeitamente desprovida de qualquer justificativa prática. Se você precisar perguntar se precisa de uma VMAX, você não a entendeu.

Mas é hora de dizermos adeus ao míssil musculoso V-4 de 1.679 cc. Gostaríamos que seu canto do cisne tivesse sido mais alto, mais longo mas vamos nos contentar com suas memórias. E lembre-se de que em qualquer lugar que o rastro do seu do pneu permanecer no estacionamento de um bar, o espírito da VMAX estará ali, vivo.

Descanse em paz, amiga! Você deixará eternas saudades.

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