Economia de combustível, itens pessoais, manutenção da motocicleta. Essas e outras dicas você vai ver agora, em Moto Adventure

 TEXTO E FOTOS: MATHEUS DE OLIVEIRA NUNES

Você já se imaginou pegando sua moto e saindo por aí sem rumo? Desbravando inúmeras paisagens das quais mais te agrada… Passando por praias lindas a enormes montanhas, em meio à natureza ou nos centros urbanos? Isso sim é uma grande viagem que nos enche os olhos e nos encanta, não é mesmo? Agora, se ampliarmos estas distâncias de uma viagem de final de semana, para 15, 30 dias, os riscos aumentam e você tem que estar preparado para isso, portanto, um bom planejamento é fundamental.

Não digo risco de acidentes ou estradas “ruins”, mas sim de você não ficar na rua ou acabar fazendo algo que não te agrade. Uma boa preparação inicial é a sua determinação em realizar tal feito. É a sua vontade de realizar o seu sonho falando mais alto. “Eu posso!” “Eu vou!”. O maior risco é o mental, onde você ficando longe da família e às vezes acaba se perguntando: “O que estou fazendo aqui?”, ou “Vou embora, cansei de “brincar disso.” Confesso a você que estes foram alguns dos pensamentos que vieram a minha cabeça, não uma, mas várias vezes, e quero compartilhar isso com você para te motivar a jamais desistir do seu sonho!

O primeiro passo foi trocar minha moto, de uma 400cc passei para uma 150cc. Sim! Exatamente isso que você leu, optei por uma moto de baixa cilindrada para realizar esta viagem. Amanheceu o dia de uma segunda-feira e me dirigi à concessionária Yamaha JetBalbek, de Sorocaba/SP, e de lá sai orgulhoso com minha Yamaha Crosser 150cc. Em um momento mais oportuno irei lhe contar detalhes sobre esta moto sensacional, mas tenho uma coisa a dizer: “Estou muito mais do que satisfeito com ela”. Uma moto de confiança e bem revisada. É uma excelente motocicleta para iniciar sua viagem. Você não precisa de motos de alta potência para viajar, como diz meu amigo “Profeta”, mais ou menos assim: “Quem viaja é você, não a moto”.

Traçando a meta

Tracei uma rota “pré-definida” no Google Maps, mas não fiquei preso a ela. A cada dia, a cada momento, poderia ser alterada, mas o primeiro objetivo era rodar no Nordeste do Brasil para conhecer as pessoas e as culturas do meu país, e depois seguir rumo aos EUA. Existem várias formas de se economizar com a hospedagem: você pode ficar em hostels com quartos compartilhados, motel em beira de estrada com desconto para viajantes, você também pode ser recebido por amigos e irmãos motociclistas em moto clubes, e até mesmo em suas próprias casas.

Faço aqui meu agradecimento a todos que me receberam em vossas casas e todo o seu carinho e atenção impressa a mim. Muito Obrigado! E existe também o site CouchSurfing, que é uma espécie de “rede social do viajante”, onde você encontra pessoas pré-dispostas a lhe receber em sua casa pela simples troca de experiências e boas risadas. Na hora de comer, coloquei-me uma meta: se quero ir mais longe, menor tem que ser o custo diário. Pautei em R$10,00 por dia. Sim! Parece loucura, não é mesmo?! Mas se pensarmos que em um mês existem famílias no Brasil que vivem com R$300,00/Mês, para uma pessoa é suficiente. Mas, a economia é extremamente cerrada.

Controlando gastos

Um bom número diário para alimentação você pode colocar em R$30,00/dia, e com essa quantia é possível ficar tranquilo. Para manter esta cota máxima, quando chego a uma cidade vou ao mercado e realizo uma pequena comprar para os próximos dias. Às vezes até sobra! Quando você tem um sonho, e está prestes a realizá-lo, com certeza você irá atrás dele com unhas e dentes. Em uma longa viagem com poucos recursos financeiros o “conforto” pode ficar um pouco comprometido, mas a satisfação de realizá-lo, não tem preço.

Sai de casa com apenas mil reais e meus livros dentro do baú fabricado pela Arte Fibra, uma empresa do Espírito Santo que me apoiou, assim como os suportes dos baús com a moto, realizada pela empresa Soldatopo/Fladafi, que constrói casas de containers. Novamente, deixo aqui meus agradecimentos, muito obrigado! Não quero alongar demais este texto, agradeço a você que entrou em contato comigo para responder a pergunta do post anterior e quero saber mais para o próximo post, onde irei falar sobre a bagagem.

O que seria indispensável para você em uma grande viagem?

Pode enviar-me via Instragram: @Matth_Oliver, ou pelo Facebook: Matheus Oliveira – Explorando América Latina.

Ficarei muito feliz em receber sua resposta!

Até Mais!

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