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Projeto de customização transformou uma Yamaha XJ6 600cc em um espetáculo sobre duas rodas

Tiago Moreira é um aficionado por motos desde os 16 anos. Sua primeira máquina (que ele precisava dividir com a irmã) foi uma Honda Titan 99, seguida por uma Dafra e uma Harley-Davison 1200. Nos últimos anos, sua paixão pelo tema se intensificou, atingindo o clímax com a customização desta Yamaha XJ6 600cc (2013) – um projeto que ele mesmo implementou, com boas doses de criatividade e capricho.

            “Antes mesmo de ter minha primeira moto, eu já customizava minha bicicleta”, lembra o proprietário. “Já vem de um longo tempo esta brincadeira – sempre gostei de velocidade, ‘old school’ e adrenalina. Meu sonho é disseminar esta cultura cada vez mais”.

SEM PRESSA…

A exemplo de qualquer projeto criterioso, tudo começou com alguns esboços iniciais feitos no computador, que serviram como um referencial para o trabalho executado na moto. Tiago conta que não teve pressa em definir o visual da máquina – a coisa foi evoluindo aos poucos, à medida que ele dava asas à própria imaginação, sem se preocupar com prazos. Porém, no dia em que o subchassi da moto foi cortado, a “ficha” caiu para ele. “Naquele momento, pensei: agora não tem mais volta”, recorda-se.

            Uma vez que a ideia era sair totalmente do padrão original, o painel da moto não foi mantido. “Isto exigiu um grande trabalho na central para desabilitá-lo”, prossegue Tiago. “Contudo, não queria mudar nenhum parâmetro original da moto, então, tivemos quer criar um espaço dentro do tanque para escondê-lo, o que diminuiu um pouco sua visibilidade”.

ESTILO “CAPÔ”

Concluído o rascunho, o primeiro passo foi trabalhar no subchassi, que foi cortado para dar à moto um aspecto menor, ao deixar a roda traseira para fora do chassi, conferindo ao modelo uma “cara” de moto de corrida. Ao longo do processo de customização, muitas peças foram retirada como, todas as carenagens, iluminação, tanque etc.

A parte mais difícil, porém, foi a próxima etapa: um tanque de combustível teve que ser fabricado manualmente, com painel embutido e sistema de abertura inteiriço (banco e tanque), estilo “capô”, uma tarefa que demandou vários dias de trabalho. Em seguida, foi feito um compartimento interno para acoplar o painel original. “O desafio foi fazer com que o combustível circulasse em volta do painel, para que o tanque não perdesse capacidade”. Foi realizada, ainda, uma adaptação com duas molas para sistema de levantamento do banco e trava automática.

MOTO PARA DESFILAR

Nenhuma mudança foi feita na motorização, entretanto uma nova caixa para filtro de ar de tamanho reduzido, toda em aço carbono e com tampa em policarbonato transparente, foi desenvolvida; também foi instalado um tubo de inox para captação de ar através de um filtro de ar esportivo. Toda essa mudança foi realizada para que a moto tivesse mais espaço no sistema de abertura do banco.

“O escapamento foi fabricado utilizando princípios de caldeiraria, elaborado com diversas curvas de gomo em inox 304 1,5mm de parede tubo de 2 polegadas”, diz o proprietário. “Como o escapamento original é embaixo da moto, o segundo grande desafio foi fazer diversas curvas para que o escapamento ficasse sob o banco”. Por fim, também foi providenciado um novo suporte de placa, que anteriormente era abaixo do banco. Também foram fabricadas a carenagem lateral, suporte e carenagem do farol, além de diversas outras peças..  

“1,80”

No que se refere ao design, Tiago lembra que este é sempre um aspecto muito subjetivo. “Algo que tem significado para mim pode não significar nada para outra pessoa”, explica. “Na moto, aconteceu o mesmo. O estilo que eu queria era o de uma Café Racer. O que define uma dessas motos, no meu entendimento, é muito simples: uma linha plana que vai da frente até a traseira, transmitindo força e velocidade ao design, junto com um semiguidão. Já para outras pessoas, é a carenagem traseira, a altura do tanque etc.”.

            Já que o visual da máquina foi bastante alterado, Tiago decidiu ser conservador no que se refere à pintura, deixando-a totalmente preta (o que, por tabela, dá à moto uma cara “invocada”). “No banco traseiro, fizemos costura em linhas com um tecido suede”, acrescenta. “Sim, não é o tecido mais apropriado para uma moto, porque não pode ser molhado. Mas, como já destaquei, o intuito não era criar uma moto para o dia a dia, e sim, uma moto para desfilar”. Pelo Instagran, Tiago recebeu uma série de sugestões para batizar o modelo customizado – de “Mad Max” a “Golfinho”. Porém, o nome dado à motocicleta foi “1,80”. “Como tivemos que deixar uma linha plana, a altura do banco foi aumentada em alguns centímetros”, explica Tiago. “Então, quando você monta nela, precisa ficar na ponta dos pés”!

“Meu objetivo é rifá-la, para que eu possa começar a montar minha oficina de customização em Uberlândia (MG)”.

Mais informações: Tiago Moreira –
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