Mais leve, 23% mais potente e com 40% a mais de torque, Kawasaki Z400 traz novidades no motor, chassi e design
TEXTO: LAERTES TORRENS FILHO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A fabricante Kawasaki, que fica no Japão (mais precisamente, em Akash), lançou no Brasil a Z400, que é a moto de entrada da linha Z. Desse modo, entra definitivamente na briga com as melhores Nakeds médias do mercado. A motocicleta é leve, ágil e divertida. Vem com freios ABS, tem dois anos de garantia e possui motor bicilíndrico paralelo de 399cc. A potência é de 48 cv a 10.000 RPM, com torque máximo de 3.9 KGF, e o peso é de 167 kg em ordem de marcha. A Z400 ainda conta com um tanque de combustível de 14 litros.
O chassi é novo, do tipo treliça, inspirado na Supersportiva Ninja H2. O disco de freio dianteiro mede 310 mm, é semiflutuante e superdimensionado (o mesmo utilizado na Kawasaki Z1000) e oferece muita segurança ao piloto. Em relação à sua antecessora, a Z300, que não será mais fabricada no Brasil, apresenta 23% a mais de potência, 40% a mais de torque e está com 3 kg a menos de peso.
A ergonomia é perfeita para os condutores que utilizam a motocicleta no dia a dia e, também, aproveitam para pegar uma estrada no final de semana. O guidão tem uma posição mais elevada e o design do banco ajuda o piloto de média e baixa estatura, tendo em vista que é estreito e próximo ao tanque de combustível. A altura do banco em relação ao solo é de 785 mm, o que facilita colocar os pés no chão. Os faróis em LED proporcionam muita segurança na condução noturna. O painel é o mesmo que equipa a Z650 e oferece fácil leitura de dados. Possui tacômetro digital, simulando um conta-giros analógico, além de indicador de marchas ao centro e uma tela LCD multifuncional na parte inferior. O preço? R$ 22.990,00, mais o frete.
NA PISTA DE INTERLAGOS
Tivemos a oportunidade de testar a Kawasaki Z400 na pista de Interlagos, “a Meca das pistas brasileiras”. A primeira impressão, ao montarmos na motocicleta, foi a melhor possível. O encaixe do piloto foi perfeito e, após alguns ensaios dos comandos com a máquina parada, fomos à prática. Ligamos o motor e ouvimos a sinfonia de uma alimentação bem equacionada. Já na saída para a pista, observamos a leveza da embreagem no manete esquerdo. Ao engatarmos a primeira marcha, o giro foi subindo e o câmbio se encaixou com suavidade. À medida que aumentávamos os giros do motor e trocávamos as marchas, percebíamos a cavalaria se alinhar, giro a giro.
Quando experimentamos os freios, a alegria foi imensa! Devido às proporções do disco dianteiro, as suspensões trabalharam em harmonia perfeita com o piso liso de Interlagos. Conseguimos até sentir a flexibilidade do chassi da moto, que dá as melhores sensações aos comandos da Z400. Não podemos esquecer de mencionar os pneus Pirelli Diablo Corsa, que vêm originalmente na motocicleta. Em minha opinião, este é um dos itens mais importantes para o êxito deste projeto, tendo em vista que não adianta criar um novo modelo de moto sem priorizar o “grip” dos pneus. Nesse ponto, a opção foi certeira!
Após uma volta para esquentarmos os pneus, freios e fluídos, pudemos abrir um pouco mais o acelerador e sentir o DNA da Kawasaki Z400, que esbanjou torque e potência desde as mais baixas velocidades até o final da aceleração, seja nas retas e curvas do autódromo. Quando terminamos o teste na pista, esbanjei um grande sorriso ao tirar o capacete e agradecer à equipe da Kawasaki, além de dizer o seguinte: “Vida longa à Kawasaki, que consegue fazer um produto com ótima ciclística, além de muito seguro e divertido”.
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