Nova KTM 390 Duke ABS enfatiza o DNA da marca e torna qualquer deslocamento mais dinâmico e emocionante. Acompanhe o test ride completo que fizemos com a máquina!

TEXTO E FOTOS: TRINITY RONZELLA

Na edição anterior de Moto Adventure, apresentamos a nova KTM 390 Duke ABS 2018. Agora, testamos a máquina para valer! Mesmo com o tempo cinza, garoa e frio, essa moto ajudou a aquecer o teste. Acompanhe tudo que rolou!

Como sempre, a KTM chama atenção pelo visual agressivo em todos os seus modelos e não podia ser diferente com a nova Duke. A cor laranja predomina e atrai olhares por onde passa. E o design mais reto deu ainda mais esportividade e agressividade à motocicleta. Outro detalhe, ainda sobre o visual, foi a “emagrecida” que a máquina sofreu na frente, com a mudança para um novo conjunto óptico em LED e novo protetor de motor.

No quesito estrutura, o quadro em treliça de aço ganhou ainda mais destaque da metade para trás. Exposto e com outra cor, o subquadro pode ser removido separadamente do conjunto dianteiro. O escape está mudado também. Antes, a saída se localizava sob a balança, agora, ganhou uma ponteira Akrapovic, ficou mais longa e deu mais desempenho e agressividade ao visual, com baixo peso e sem incomodar com o som.

Na parte da segurança, o disco de freio dianteiro agora está maior, com 320 mm, e é o responsável por conter a “empolgação”. Os manetes contam com regulagem de altura de fábrica, que permite um ajuste mais personalizado. Já a suspensão invertida, de fácil manutenção, é uma WP Split Fork com cartucho aberto de 150 mm, que traz mais conforto, estabilidade e esportividade, pois se ajusta com todos os fatores que influenciam um melhor desempenho: peso, terreno e impacto.

Como presente das irmãs maiores, a 390 Duke recebeu um painel em tela TFT, que muda de cor de acordo com o ambiente. Ele vem com todas as informações necessárias, e até mais! Dá para conectar, via Bluetooth o telefone celular. Todos os comandos estão no punho esquerdo, de fácil entendimento e manuseio. Mais um ponto que mudou foi o assento. Tanto o do piloto quanto o do garupa estão diferentes, com linhas mais retas, sendo que o do piloto avança para as laterais do tanque.

Na prática

Ao assumir o posto de piloto, percebemos que a moto está um pouco mais alta a partir do assento (830 mm contra 800 mm da versão anterior). O tanque de combustível, antes com capacidade para 11 litros, passou para 13,4 litros. Esse modelo é uma naked, por isso, não espere o conforto de uma custom, a suspensão de uma trail e o consumo de um scooter, essa moto tem outra pegada! Logo ao dar a partida, o ronco do motor já aparece e os giros sobem fácil. Engate a primeira das seis marchas disponíveis e pronto, não tem volta! A posição do corpo mais “lançado” e a ausência de carenagem colocam o piloto quase “em cima” da roda dianteira, dando uma visão clara do que vem pela frente, o que facilita no trânsito congestionado. Ao acelerar, os 44 cavalos empurram forte e, mesmo com o ganho de peso (10 kg), os 149 kg não são notados em momento algum.

A máquina é esguia, percorre o trânsito com facilidade e leveza, o que faz com que o deslocamento se torne algo empolgante. O sistema ride-by-wire garante uma resposta perfeita do acelerador. Isso, combinado com a tecnologia e desenvolvimento, faz desse motor um monocilíndrico único. As irregularidades de nosso asfalto não são sentidas a ponto de incomodar, a suspensão trabalha muito bem e, pela proposta da moto, surpreendeu positivamente. Afinal, trata-se de uma naked.

Ao enfrentar a loucura diária de carros e motos para todos os lados, não adianta só ter motor. A eficiência dos freios faz toda a diferença. Precisos, os freios da 390 passam muita segurança quando acionados, pode confiar! Se quiser mais diversão, no painel existe a opção de mudar o mapa de ROAD para SUPER MOTO. Pronto: o ABS permite o travamento da roda traseira, mas o símbolo do ABS sempre vai dar uma piscada no painel, para lembrar que está desligado. Ao desligar a chave, volta ao modo normal. Com refrigeração líquida, é inevitável o acionamento da ventoinha em dias mais travados. É para isso que ela está ali. Ela faz sua função rapidamente, sem gerar preocupação.

Na estrada

Obviamente, fomos para a estrada! Inicialmente em pista dupla e com grande fluxo de veículos. A moto desenvolve velocidade rapidamente, os giros sobem com facilidade e, quando menos se espera, o limite de velocidade fica para trás. A 390 Duke acompanha tranquilamente as motos maiores. Só é preciso prestar atenção ao fazer as malas para viajar, pois o espaço é limitado, mas não proibitivo! A fórmula é simples: tamanho da moto + a posição “lançada” + estilo da moto = curvas emocionantes!

Realmente, o DNA dessa moto é “race”, mas sem exigir um piloto em cima. Ela faz curvas quase que instintivamente e, se o piloto tiver coragem, vai gastar as bordas dos pneus. O motor, acionado na saída das curvas, responde forte e a moto se mantém na trajetória, firme! Os pneus Pirelli Diablo Rosso II seguram. O consumo nesse teste ficou em torno de 25 km/litro, bem satisfatório, pois foi uma condução mais esportiva, o que pode ser melhorado.

Para quem deixa a motocicleta na garagem, essa não é a máquina ideal, já que, após a primeira volta, ela não ficará parada, porque até a ida à padaria se torna emocionante! A nova KTM 390 Duke ABS pode ser sua por R$ 24.990,00, modelo 2019!

Boatos

Já existe “fumaça” quanto ao lançamento da versão off road, uma 390 Adventure pode estar a caminho para 2019! Será? Espaço tem!

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