Grupo de brasileiros reúne corridas de motos e turismo no exterior. Foram diversos dias destinados a competições e passeios por pontos turísticos das cidades visitadas
TEXTO: CAROLINA YADA
FOTOS: CAROLINA YADA / DIVULGAÇÃO MXGP / IDARIO CAFÉ / TIAGO LOPES
Quem curte competições de moto já imaginou a emoção de assistir de perto a uma prova realizada fora do Brasil. Daí surgiu a ideia foi reunir pessoas com um mesmo objetivo: ver os ídolos do esporte de duas rodas em ação e curtir uma viagem bacana em algum lugar do mundo. Apaixonada por off-road desde criança, a agente de viagens Bianca Cechinato resolveu juntar esta galera. “Em 2017 fui sozinha para o Motocross das Nações, em Matterley Basin, na Inglaterra. Conheci toda a estrutura do evento, logística, atrações locais, sem falar na adrenalina que é ver as corridas de perto. A experiência foi tão boa que decidi criar oportunidades para quem quer vivenciar tudo isso também”, conta Bianca.
O primeiro grupo embarcou em março de 2018, com 18 pessoas, para a etapa de abertura do Mundial de Motocross, na Patagônia, Argentina. Foram cinco dias, três deles destinados a acompanhar os treinos e corridas na pista, situada em Villa La Angostura. No trajeto entre o local do evento até o hotel, um resort em Bariloche, um visual incrível das montanhas e do lago Nahuel Huapi. Um breve passeio pelo centro da tradicional cidade turística encerrou a viagem.
NA TERRA DO TIO SAM
Já a segunda aventura, em outubro de 2018, contou com 13 dias e dois grandes eventos nos EUA: o Motocross das Nações, a Copa do Mundo da modalidade, na pista de RedBud, em Michigan; e o Monster Energy Cup, além da corrida do milhão de Supercross, em Las Vegas. O grupo, composto por 32 pessoas de sete estados (São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Rondônia) era bem diversificado, com famílias, casais, pais e filhos, amigos, pilotos e jornalistas. Pessoas totalmente diferentes, mas com a mesma paixão por motos.
Assim, a galera partiu para Chicago, no estado de Illinois. De lá, a caravana seguiu para a pista de Red Bud, em Buchanan, estado de Michigan, e os hotéis escolhidos ficavam na cidade de Elkhart, em Indiana. Um trajeto de 50 km, percorridos em torno de uma hora. A maior adversidade não foi a distância, mas sim o clima, com muita chuva durante os três dias. E motocross com chuva se resume a lama! Isto não impediu a galera de assistir, de dentro da pista, as corridas com os grandes nomes da modalidade (no final da disputa, a vitória ficou com a equipe da França). Debaixo de muita água, também foi possível ver a classificação do Time Brasil para as finais da competição. O temporal complicou um pouco as coisas, mas nada que algumas capas e guarda-chuvas não resolvessem. Afinal, todos estavam ali para curtir o momento e se divertir, independentemente das condições climáticas.
Uma semana separou um evento do outro. Enquanto isso, três opções de destinos antes do Monster Cup foram oferecidas aos viajantes: Los Angeles, São Francisco e Las Vegas (esta no estado de Nevada, local do segundo grande motivo da viagem). Dessa forma, cada integrante teve liberdade para personalizar o seu roteiro e não ficar preso o tempo todo em uma única programação. Antes de pegar o voo para a próxima cidade, um passeio rápido por alguns pontos turísticos de Chicago, como o Navy Pier e o Millennium Park.
INESQUECÍVEL
Foram dias intensos, com muita diversão, compras e outras aventuras, como a ida até San Bernardino, na Califórnia, para visitar a famosa pista de Glen Helen. Dois integrantes do grupo até alugaram motos para acelerarem por lá. Quem não andou, curtiu o passeio do mesmo jeito, que também contou com uma parada na Chaparral Motorsports, uma das maiores lojas dedicadas ao segmento do planeta.
No dia seguinte, outra aventura: partindo de Las Vegas, a galera seguiu de carro pela Rota 66 até chegar ao Grand Canyon, no estado do Arizona, uma das sete maravilhas naturais do mundo. De volta à cidade do entretenimento, era hora de assistir ao show de pilotagem do Monster Energy Cup, no Sam Boyd Stadium. A regra é simples: se o mesmo piloto vencer as três principais corridas da noite, recebe o prêmio de US$ 1 milhão. E a turma do Brasil conferiu de perto a atuação do americano Eli Tomac, que faturou a bolada.
Foram 13 dias inesquecíveis em sete estados americanos, em meio a competições, ambientes relacionados ao motociclismo (houve até uma visita à AIMExpo, feira de motos e acessórios que acontecia em Las Vegas), novas experiências e amizades e a certeza de ter aproveitado ao máximo a viagem. Deu até para conhecer alguns pontos turísticos de Washington D.C., como a Casa Branca e o Memorial Lincoln. A capital dos EUA foi o local da escala antes do retorno ao Brasil. Sensacional!
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