RoadStock
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Mais de 100 motociclistas participaram do evento, que já se tornou uma tradição entre os apaixonados por duas rodas

Texto: Rogerio Duarte Do Pateo/Marcelo Diogo
Fotos: Rogerio Duarte Do Pateo/Marcelo Diogo/Marcelo Vital/Fernanda Figueiredo

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Nos dias 21, 22 e 23 de julho aconteceu a quarta edição do RoadStock, uma viagem de moto pelas estradas de Minas Gerais cujo lema é “alta quilometragem sem frescura”. Rodar 1500 km de moto em 3 dias pode parecer difícil para boa parte dos motociclistas, mas, quando se trata do RoadStock, as dores nas costas e outros incômodos se transformam em sorriso no rosto. Em 2017 não foi diferente. Foram 105 participantes, entre eles 4 mulheres, que vieram de 5 estados diferentes para percorrer as estradas mineiras. A diversidade de motos também foi grande. As Harleys continuaram dominando, porém, foram seguidas de perto por Hondas, Yamahas, BMWs, Triumphs, Ducatis e Kawasakis, em uma rara demonstração de confraternização sem fronteiras de marcas, estilos ou cilindradas. As “joias da coroa” foram duas Panheads (uma de 1956 e a outra de 1960) além de uma CB 400 e uma XL 250, ambas de 1983.

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O percurso foi o mesmo dos anos anteriores. No primeiro dia saímos de Belo Horizonte sentido Capitólio, onde passamos pelas margens da represa de Furnas e pudemos apreciar a beleza do lago e suas paredes de rochas escarpadas. Nesse trecho, o almoço ficou por conta da tradicional “traíra sem espinhos”, servida pelos restaurantes da região. Contornando o Parque Nacional da Serra da Canastra, o percurso seguiu sentido Franca, em São Paulo, retornando a Minas pela travessia da represa de Jaguara, em Rifaina, após uma belíssima descida de serra. O destino final do primeiro dia é Araxá, onde os motociclistas puderam curtir o bom e velho rock’n’roll e participar do sorteio de mais de 60 prêmios oferecidos pelos patrocinadores do evento.

No segundo dia, os participantes seguiram pela BR 262 até a cidade de Luz, curtindo o sol da manhã entre as curvas sinuosas da serra de Campos Altos. Após uma rápida parada para abastecimento e um café para aquecer as entranhas, saímos da rodovia e pegamos uma estrada vicinal até Martinho Campos, onde os pilotos almoçaram em um típico restaurante de posto de gasolina do interior de Minas Gerais. Nesse trecho, é possível curtir uma paisagem de roça, com pequenas fazendas e plantações ao longo da estrada.

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A fase final se iniciou com uma reta de mais de 70km em uma estrada sofrível, cheia de buracos e oscilações. Após um pequeno trecho pela rodovia BR040, chegamos a Curvelo, cidade que abriga o recém inaugurado Autódromo do Circuito dos Cristais, uma pista de 4,4 km construída de acordo com as normas das federações internacionais de motociclismo e automobilismo. O dia se encerra com a subida da Serra do Espinhaço, levando todos ao delírio devido à beleza da paisagem marcada por campos rupestres e montanhas de rocha.

Considerada a única cordilheira do Brasil, a Serra do Espinhaço foi avaliada pela ONU como uma das principais reservas da biosfera do país devido à sua grande diversidade de recursos naturais. O ponto final da aventura é a cidade de Diamantina. Fundada em 1713 e emancipada em 1831, Diamantina chama a atenção pelo casario colonial totalmente preservado e suas ruas estreitas, que nesta época do ano servem de palco às Vesperatas, concertos musicais ao ar livre que encantam turistas de todo o Brasil. O charme da cidade embalou a farra dos participantes, fechando a viagem com chave de ouro. No domingo, voltamos para nossas cidades de origem com a alma leve e o peito repleto de alegria por termos participado da melhor edição do RoadStock até agora. Que venha 2018!

VEJA TAMBÉM: Viagem de moto por Catas Altas, Minas Gerais.