Marca indiana firma parceria com o Grupo Simpa e instala planta na região da Grande Buenos Aires, onde montará, inicialmente, três modelos.
A Royal Enfield, líder global no segmento de motocicletas de médio porte (250cc-750cc), anunciou neta semana que iniciará a montagem local de motocicletas na Argentina em parceria com o Grupo Simpa, distribuidor local da Royal Enfield no país desde 2018.
Este é um anúncio significativo, pois esta será a primeira vez na história moderna da Royal Enfield que motocicletas serão montadas e produzidas fora das instalações de manufatura da empresa em Chennai, Índia.
A Argentina está entre os maiores mercados de motocicletas de médio porte da América Latina. A Royal Enfield iniciou operações de varejo na Argentina em março de 2018, com sua primeira loja em Vicente Lopez, Buenos Aires. Desde então, a empresa expandiu sua rede de varejo no mercado e hoje possui 5 lojas exclusivas na Argentina. No geral, a Royal Enfield tem 31 lojas exclusivas e 40 outros pontos de contato de varejo em todos os países da América Latina.
A unidade de montagem local na Argentina será baseada nas instalações do Grupo Simpa, localizadas em Campana, Buenos Aires. Para começar, a fábrica montará localmente três modelos de motocicletas – a Royal Enfield Himalayan, a Interceptor 650 e a Continental GT 650 – a partir deste mês.
Falando sobre o anúncio, o Sr. Vinod K Dasari, CEO da Royal Enfield, disse: “A Royal Enfield tem trabalhado continuamente para crescer e expandir o segmento de motociclismo de peso médio globalmente e também para aumentar nossa presença em importantes mercados globais. Nos últimos anos, aumentamos nossa presença internacional significativamente e agora temos ampla presença no varejo em 60 países. Com uma visão estratégica para atender à demanda crescente e obter vantagem significativa no mercado, temos buscado nossos planos para estabelecer unidades de montagem locais em mercados específicos na região da Ásia-Pacífico e na América do Sul. No primeiro deles, temos a grande satisfação de anunciar a primeira montadora CKD na Argentina”.
“Este lançamento é uma façanha porque é a primeira vez que a maior empresa do mundo neste segmento de motocicletas começa a confiar na Argentina, e porque esse avanço foi feito durante a pandemia que dificultou absolutamente tudo”, refletiu Alberto Fernández.
Comentando especificamente sobre o foco na Argentina como mercado, Vinod K Dasari também disse: “A Argentina e outros países da América do Sul têm sido um mercado importante para a Royal Enfield. Desde que começamos as vendas desde 2018 na Argentina, temos recebido uma resposta retumbante dos consumidores às nossas motocicletas. O terreno e a topografia locais criam a tela perfeita para pilotar nossas motocicletas, especialmente a Himalayan. O sucesso inicial das motocicletas Twin 650 também foi muito encorajador. Estamos profundamente empenhados em nos concentrarmos em nos tornarmos parte da rica cultura do motociclismo do país. Nossa decisão de começar a montar nossas motocicletas na Argentina é uma prova do nosso compromisso de longo prazo e do aumento da confiança no mercado”.
Brasil, Argentina e Colômbia estão entre os três mercados mais importantes para a Royal Enfield na América Latina. Além da Índia (o maior mercado para a marca com mais de 900 concessionárias), as motocicletas Royal Enfield alcançam consumidores e entusiastas em mais de 60 países em todo o mundo, por meio de 660 concessionárias e 82 lojas de marcas exclusivas em cidades como Milwaukee, Londres, Paris, Madrid, Barcelona, Melbourne, São Paulo, Bogotá, Medellin, Cidade do México, Buenos Aires, Dubai, Bangkok, Jacarta, Manila e Ho Chi Minh City.
Importante dizer que esse CKD na Argentina não interfere em nada na atual operação Royal Enfield do Brasil que continua a importação de suas motocicletas da Índia.
Bem, parabéns aos Argentinos. Aqueles caras tem uma cultura de moto’ciclismo mais aberta, não tem resistência a modelos fora do binômio “asa de frango / picolé de chuchu”, fenômeno incrível que acho que só acontece no Brasil. Incrível também que por aqui comunicadores com boa penetração no público motociclista – canais de youtube, também se prestam para este papel. Travestidos de “especialistas” no assunto, por razões que não se identificam com clareza, simplesmente lideram campanhas de desprestígio de determinados modelos. Exemplo disto é a campanha de canais do youtube contra a Himalayan, até criaram apelidos ( Hymareia, Hymabomba ) !! Pra que isto ? Já não chega que o consumidor brasileiro tem a cultura do binômio, então ainda vem os formadores de opinião alimentar esta cultura. Até as marcas líder de mercado por aqui tem problemas em alguns modelos. Bem, a Royal tem que ser respeitada enquanto empresa e tenho certeza que sua decisão de instalar uma montadora na Argentina foi por razões exclusivas de mercado – acolhida e repeito pela marca de parte dos Argentinos. Só que tem um pequeno problema nesta questão: o mercado Argentino está afundando a partir da política econômica daquele governo de esquerda. Talvez aí o Brasil possa ser opção para a marca. Mas o consumidor tem aperfeiçoar a sua cultura motociclística, senão logo logo voltaremos a andar de “cinquentinha” …!!