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Moto-Conceito que se autoequilibra ganha sistema de reconhecimento facial, controle de gestos e nova versão que ajusta a direção para manter equilíbrio mesmo sem condutor.

Salão Automóvel de Tóquio foi rebatizado como Salão de Mobilidade do Japão este ano, mas ainda é a plataforma de lançamento preferida para algumas das motos-conceito mais malucas do Japão, e a Yamaha é uma destas.

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Em funcionamento desde o último dia 26 de outubro, o Japan Mobility Show exibirá ao público conceitos e protótipos de engenharia de todas as grandes marcas do Japão, mas eles terão que se esforçar para serem mais extremos do que o MOTOROID2 da Yamaha.

O MOTOROiD original – sim, a Yamaha o batizou com todas as letras maiúsculas – foi lançado em 2017, com base na tecnologia autônoma que fora apresentada anteriormente no Motobot da empresa, incorporando-a em uma visão de uma superbike elétrica de o futuro. Inclusive, a priemira versão do MOTOROID foi apresentada pela Yamaha aqui no Brasil, durante o Salão Duas Rodas de 2019, a última realizada desde então.

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 O MOTOROID2 apresenta uma aparência semelhante e as mesmas habilidades de autoequilíbrio do original, mas expande a tecnologia com um sistema de reconhecimento facial, controle de gestos e uma versão aprimorada do AMCES (Active Mass Center Control System) que ajusta a direção para manter equilíbrio mesmo quando não há um condutor.

O MOTOROID2 pode levantar-se do cavalete lateral e seguir seu dono na velocidade de caminhada. Ela também ganhou o que a Yamaha descreve como uma “estrutura de folha diferente de qualquer motocicleta anterior”, que lhe permite reagir às interações como uma espécie de robô de ficção científica.

Tudo pode parecer um pouco sem sentido, mas a tecnologia autônoma desenvolvida via Motobot e o MOTOROiD original já começou a ser filtrada para motos de produção. No início deste ano, a Yamaha mostrou seu Sistema Avançado de Assistência à Estabilização de Motocicleta (AMSAS), adicionando um motor elétrico à roda dianteira de uma YZF-R3 junto com um servo de direção para criar um sistema aparafusado que poderia dar a quase qualquer moto capacidade de auto-equilíbrio. A mesma tecnologia está por trás do desenvolvimento de sistemas avançados de assistência ao condutor e de tecnologia para evitar colisões, todos elementos-chave da intenção declarada da Yamaha de acabar com as fatalidades nas suas motos até 2050.

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A mesma tecnologia AMSAS aparece em outro conceito da Yamaha. Chamada Elove, é uma scooter elétrica que incorpora AMSAS de uma maneira muito mais destinada à produção do que o protótipo original baseado na R3, com a Yamaha sugerindo que ela poderia ser usada por pilotos inexperientes ou com deficiências físicas que tornam as motos convencionais difíceis ou impossíveis de serem conduzidas. 

Outra Yamaha que faz sua estreia no evento é a TMW, um projeto concebido por voluntários da Divisão de Testes de Motocicletas da empresa, fora do horário do expediente. Baseado no motor e na traseira de uma antiga Yamaha TW125, é um veículo off-road de três rodas que usa a configuração de suspensão dianteira inclinada “LMW” (multi-rodas inclinadas) dos modelos Niken e Tricity. Cada uma dessas rodas dianteiras com pneus-balão incorpora um motor elétrico montado no cubo, de modo que o TMW é um híbrido de tração nas três rodas com um motor de combustão alimentando a roda traseira e eletricidade acionando as duas dianteiras.

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Os faróis e o suporte dianteiro permanecem horizontais mesmo quando o resto da moto se inclina, e o conceito pretende mostrar como o sistema LMW e a tecnologia elétrica podem ser usados ​​para criar uma motocicleta capaz de realizar as mesmas tarefas que um ATV.

Outro projeto paralelo criado por voluntários da Yamaha é a E-FV, uma minibike elétrica criada em torno do trem de força da moto elétrica de testes TY-E da empresa. Ele está sendo desenvolvido por uma equipe de jovens engenheiros que trabalham na empresa, com a inovação de um sistema de som embutido que utiliza um alto-falante sob o “tanque” para imitar as notas de escapamento das motocicletas convencionais com motor de combustão interna. Será que isso vai “pegar”?

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Bem, diga aí o que achou das “brisas” da Yamaha lá em Tóquio.

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