Piloto representa o Brasil contra os estrangeiros na disputa da categoria mais difícil do Red Bull Minas Riders
Texto: Redação
Fotos: Divulgação/Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool
O capixaba Bruno Crivilin surpreendeu muita gente no ano passado quando decidiu se inscrever na categoria Gold do Red Bull Minas Riders. Esta divisão possui os trajetos mais difíceis e geralmente é escolhida apenas por um grupo reduzido de pilotos estrangeiros, a elite do esporte. Eles são considerados os únicos capazes de superar esses obstáculos. Ou pelo menos eram.
Crivilin não só se lançou na categoria mais “casca-grossa” como também conseguiu concluir a prova. E vai repetir o desafio na edição 2017 do Red Bull Minas Riders, marcada entre os dias 17 e 21 de maio, em Belo Horizonte e região.
“Eu sabia que eu poderia ter um bom desempenho na Silver, mas eu queria um desafio maior. Enfrentar os estrangeiros era um negócio que ninguém acreditava que a gente pudesse fazer e isso me motivou. Eu teria a chance de aprender muito mais. Minha tocada mudou totalmente depois dessa prova. Eu passei por lugares que eu nunca imaginei passar”, conta Crivilin. Mas o maior desafio ainda estava por vir.
Uma lesão no joelho esquerdo aniquilou o segundo semestre do piloto brasileiro. De molho, ele perdeu um tempo importante de preparação, mas já correndo atrás do prejuízo. De volta às trilhas, disputou neste mês uma etapa nacional de Hard Enduro na cidade de Araguaína, no Tocantins. E adivinha o resultado? Sim, ele venceu.
“Mesmo no tempo em que eu fiquei parado, eu procurei aprender o máximo possível. Eu viajei para a Romênia, fui assistir ao Red Bull Romaniacs de perto, pra conhecer melhor a forma como os estrangeiros pilotam. E o Hard Enduro tem muito da parte técnica, coisas que você pode aprender observando. Então, eu procurei elevar o meu nível em tudo o que eu podia”.
Uma das inspirações de Bruno Crivilin para o Red Bull Minas Riders pode ser a história do britânico Jonny Walker, um dos principais nomes do esporte. Walker sofreu uma fratura na perna direita em março numa etapa do Mundial de SuperEnduro, competição indoor que ele disputa paralelamente. Seis meses depois, o cara estava de volta e venceu o Red Bull 111 Megawatt, na Polônia.
Vitórias (pelo menos na classe Gold) ainda não estão ao alcance de nenhum piloto brasileiro. Mas de acordo com os próprios estrangeiros, é Bruno Crivilin, de 19 anos, quem tem mais chances para um futuro próximo. “O Hard Enduro é um esporte novo no Brasil, mas que já tem muitos adeptos. E quem me parece mais preparado no momento é o Crivilin”, avalia o espanhol Alfredo Gomez, vencedor do Red Bull Minas Riders do ano passado. Os dois vão se enfrentar de novo na categoria Gold entre os dias 17 e 21 de maio.
E o que será que Bruno Crivilin espera da prova neste segundo ano? Que seja ainda mais intensa. “Eu espero que seja ainda mais difícil do que foi no ano passado. Porque é isso o que faz o Hard Enduro tão legal pra quem participa e pra quem assiste”.