Início VIAGENS Dicas de Viagem Viagem de moto: Atacama carburada

Viagem de moto: Atacama carburada

Por

5 de maio de 2018

Grupo de amigos motociclistas parte para uma aventura de 14 mil km pela América do Sul a bordo de motocicletas antigas. Confira o relato dos primeiros dias da viagem nas palavras de Ivan Jose Coelho

Texto: Ivan José Coelho
Fotos: Divulgação

Atacama

Apresentação

“No mês de outubro de 2017, eu e Adriano Viera, conversamos sobre a possibilidade de uma viagem de aventura na América do Sul, pilotando nossas velhas e inseparáveis companheiras de viagem Harley Davidson, uma Heritage 1997 que está comigo a 17 anos e com mais de 350 mil km e uma Fat Boy 1998 do meu amigo Adriano. Sabemos que são roteiros bem conhecidos sobre o mundo duas rodas, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Peru, mas fazer quase 14.000 km e subir 4.000 metros de altura com motos carburadas com no mínimo 20 anos é sempre uma aventura.

Sendo assim iniciamos nosso projeto, conversando com alguns amigos que também tem motos com essas características, tivemos 7 adesões ao nosso projeto e decidimos denominar nossa aventura de “Atacama carburada”, com motos que tenham no mínimo 20 anos e todas equipadas com motor Evolution 1340 Carburado.

A Viagem

Sairemos dia 04 de março de 2018 as 9:00 hrs da HDPOINT na Praia Brava em Itajaí, com direção ao deserto do Atacama (onde acamparemos no deserto) passando por Dionísio Cerqueira, Salta na Argentina (faremos o trem das nuvens) chegando a São Pedro do Atacama. Em seguida iremos a La Serena no Chile, Arequipa no Peru e retornaremos ao Chile até Santiago, seguiremos em direção a região dos lagos e cruzaremos a fronteira com Argentina, em seguida Uruguai (Punta de Leste) e por fim em casa.”

Primeiro Dia

“Saímos da HDPOINT em itajaí às 9:00 hrs de domingo, foi servido um café especial junto aos amigos para desejar boa viagem aos ‘atacameiros’!

A primeira surpresa já veio no posto da PRF em Itapema, onde fomos abordados e inspecionados, logo após descobrimos que a “blitz” era pegadinha.

Chegamos a passo fundo, onde fomos recepcionados por Fábio Menezes com um especial churrasco gaúcho. Tivemos os primeiros reparos, mas graças a atenção especial da “facção garage” (Artur e eduardo) resolvemos os pequenos problemas!”

Obs: foram rodados 590 km no primeiro dia

1 de 4

Segundo Dia

“Saímos de passo fundo em direção a posadas, mas antes tivemos que fazer aduana, onde nosso companheiro Charles Fraga ( heritage-96) teve problemas com a documentação e não conseguiu entrar na Argentina! Chegamos em posadas por volta das 19:30 hrs. Descanso merecido para o dia seguinte.”

Obs: Foram rodados 463 km no segundo dia (05/03/18)

1 de 3

Terceiro Dia

“Com o sol raiando, seguimos nossa aventura rumo ao Roque Sainz Peña, tivemos um pequeno problema e que resolvemos na estrada. Após reparos, seguimos ao nosso destino e no hotel resolvemos fazer um tradicional churrasco argentino e assado por um gaúcho. Seguimos nossa aventura com destino a termas do Rio hondo.”

Obs: foram 344 km rodados no terceiro dia.

1 de 3

Quarto Dia

“Ao amanhecer seguimos rumo a termas do Rio hondo, cidade que sedia uma das etapas do moto GP. Após visitação a hidrelétrica de Rio hondo, fomos ao autódromo internacional, onde fomos recepcionados pelo diretor Jalo Cano. Visitamos o museu do motociclismo e seguimos em frente em direção de Cafayate.”

Obs: Foram rodados 681 km no terceiro dia.

1 de 6

Quinto Dia

“Fizemos um caminho surpreendente, passamos por Tafi del Valle rumo a Cafayate, uma estrada imperdível! Em Cafayate tivemos dicas maravilhosas do nosso amigo Cristian da pousada Portal del santo, e resolvemos diminuir a Quilometragem do dia seguinte e curtir mais a Rota 68 de Cafayate a Salta.”

Obs: foram rodados 296 km no quinto dia (08/03/18)

1 de 8

Sexto Dia

“Após visita na vinícola Piattelli ( dica do nosso amigo Cristian), a surpresa continuou conforme seguimos pela Rota 68, local de paisagens paradisíacas. Puro êxtase para os amantes das duas rodas, para quem seguir por essa rota, prepare-se para muitas paradas e fotos. Final do dia chegamos a Salta.”

Obs: foram rodados 198 km nos sexto dia (09/03/18)

1 de 16

Sétimo Dia

“Nesse dia, o objetivo era fazer os trem das nuvens (com reserva antecipada). Optamos fazer o trecho de Salta até Santo Antônio de los Cobres com o ônibus (incluindo na reserva do trem) pois não conhecíamos a estrada, mas o pequeno percurso de ripel não atrapalha para quem optar em fazer de moto (30 km de ripel e 130 km de asfalto). O percurso começa na altitude de 1150 metros e chega ao seu ponto máximo de 4080 metros

Nesse passeio temos que salientar as dificuldades físicas na altitude, todos nós fomos vítimas desse mal, tontura, cansaço e dor de cabeça são os principais sintomas. Mas a beleza desse lugar sobrepõe às dificuldades! Deparamos com uma localidade simples e bem pequena, mas muito acolhedora.

Almoçamos nessa localidade e tivemos o prazer de saborear a carne de Lhama. E até deparamos com a Vicunha, animal típico dessa região. Ao chegar em Santo Antônio de los Cobres, estação onde pagamos o trem das nuvens, embarcamos e as imagens são de tirar o fôlego”.

1 de 15