Dia realmente histórico: teve dor, e chegue a pensar que não ia conseguir avançar
TEXTO E FOTOS: ÉDER BOMCOMPAGNI
Continuando a saga do paulistano Éder Bomcompagni, de 35 anos, que está dando um giro pelo mundo a bordo de sua Yamaha Ténéré 660. Aos poucos, vamos publicar alguns relatos dessa viagem incrível. Vamos ver o que o aventureiro nos reservou dessa vez.
O relato
Saí de Coldfoot com 1ºC de temperatura, impressionante como o corpo se acostuma com as condições, realmente a maior parte do tempo pilotando a 0°C, -2ºC e por aí vai. Porém, uns quilômetros adiante, havia um passo de montanha, a altitude foi subindo e a temperatura caindo. A altitude chegou a 1.500 metros acima do nível do mar, seria fresquinho em qualquer outro lugar, mas não aqui. A temperatura mínima no termômetro foi de -9,1ºC.
Subir a montanha foi tranquilo, havia terra, enquanto ainda subia, cruzei com uma máquina que limpava a pista. Acontece que quando cheguei ao topo e tinha que descer, percebi que havia gelo, tentei avançar com cautela, mas começou a escorregar. Não sabia o que fazer, parei a moto, desci, passei a corrente líquida, e descobri que ela realmente funciona, diga-se de passagem. Pois bem, não havia como descer daquele jeito, foi quando a máquina começou a tirar o gelo até a parte de baixo, e eu esperei. Para minha alegria, o caminho estava livre, e eu consegui continuar! Fui para Prudhoe Bay. Chegando, uns 40km antes, havia manadas de caribous, um tipo de rena, sei lá.
Chegando em Dead Horse (nome real do povoado) fui ao hotel que há na cidade e descobri que era o primeiro motociclista da temporada a chegar ali, o primeiro do ano, afinal esta não é ainda a época propícia para motos. Mas não para por aí: com o feito de hoje, me tornei o primeiro motociclista brasileiro a pilotar uma moto desde Puerto Williams – Chile (a real cidade mais austral do mundo e das Américas) até Prudhoe Bay – Alaska – USA que é o último ponto da Rodovia Panamericana e ponto mais setentrional das Américas que se pode chegar por estrada.
Em uma breve pesquisa, que ainda não pude confirmar, posso ser, inclusive, o primeiro do mundo a ter feito isso, tendo em vista que todos os outros o fizeram partindo do Ushuaia. Não sei o que sentir, é emocionante, mas não sei qual palavra utilizar para descrever. Sentir emoções sozinho é um pouco complexo, não sei bem o que sentir, entretanto, sei que sinto. Cheguei ao Fim (do Sul) e ao Fim (doNorte)!
Para acompanhar mais detalhes desta jornada, sigam as redes sociais:
@the_navigator_world_trip
The Navigator Project
YouTube
https://www.youtube.com/c/thenavigatorworldtrip
Se quer saber onde o Éder está no momento, cadastre-se no hotsite a seguir:
http://www.linkmonitoramento.com.br/volta_ao_mundo/
CONFIRA A GALERIA DE FOTOS: